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Mundo

Itália culpa França por fracasso na fusão FCA-Renault

Di Maio e Salvini criticaram intervencionismo do país vizinho

7 jun 2019 - 15h29
(atualizado às 15h43)
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Os vice-primeiros-ministros da Itália, Luigi Di Maio e Matteo Salvini, que vivem um momento turbulento no governo, se uniram para culpar a França pelo fracasso das negociações para uma fusão entre Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e Renault.

FCA retirou proposta de fusão com a Renault
FCA retirou proposta de fusão com a Renault
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

O grupo ítalo-americano decidiu retirar sua oferta após a montadora francesa não ter conseguido chegar a um acordo em seu conselho de administração. Segundo a própria Renault, o governo da França, dono de 15% das ações da empresa, pediu o adiamento da decisão para garantir o consentimento da Nissan, que tem a mesma fatia na companhia.

"Se deu errado por escolha do governo francês, lamento, porque competir com os colossos dos outros continentes seria estimulante", disse Salvini, também ministro do Interior, ao responder a uma pergunta sobre a fusão.

"O intervencionismo de Estado provocou o fracasso da operação. A França não fez bela figura", criticou Di Maio, que chefia o Ministério do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho.

Os dois vice-primeiros-ministros são críticos do presidente da França, Emmanuel Macron, que foi eleito com uma plataforma liberal, mas já adotou posturas protecionistas em operações envolvendo empresas da Itália, como a nacionalização do estaleiro STX, que seria comprado pela estatal italiana Fincantieri.

Apesar da retirada da proposta da FCA, a França não descarta reabrir as negociações para uma fusão com a Renault.

Ansa - Brasil   
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