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Irã rejeita alívio gradual de sanções dos EUA

3 abr 2021 - 13h44
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O Irã quer que os Estados Unidos retirem todas as sanções impostas ao país e rejeita qualquer alívio gradual das restrições, afirmou o ministério das Relações Exteriores iraniano neste sábado, antes de reuniões marcadas em Viena para a próxima semana sobre a retomada do acordo nuclear de 2015 entre Teerã e potências globais.

Os comentários foram feitos no momento em que a França tenta convencer o Irã a mostrar uma postura construtiva nas conversas indiretas com os EUA na capital austríaca, que serão parte de negociações mais amplas.

O porta-voz do ministério das Relações Exteriores do Irã, Saeed Khatibzadeh, afirmou que o país se opõe a qualquer tipo de alívio gradual das sanções.

"Nenhum plano passo a passo está sendo considerado", disse Khatibzadeh à emissora estatal Press TV. "A política definitiva da República Islâmica do Irã é a remoção de todas as sanções dos EUA".

O ex-presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo nuclear em 2018 e restaurou as sanções ao Irã, levando Teerã a violar algumas das restrições do acordo nuclear.

O sucessor de Trump, Joe Biden, quer retomar o acordo, mas Washington e Teerã divergem sobre quem deveria tomar o primeiro passo.

O Departamento de Estado dos EUA disse que o foco das discussões em Viena será "os passos nucleares que o Irã precisará tomar para voltar a cumprir" o acordo nuclear.

Irã, China, Rússia, França, Alemanha e Reino Unido --todos parte do acordo de 2015-- realizaram reuniões virtuais na sexta-feira para discutir o possível retorno dos Estados Unidos ao acordo.

Após uma ligação com seu correspondente iraniano, Mohammad Javad Zarif, no sábado, o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, disse em um comunicado que havia pedido que o Irã evitasse mais violações dos seus compromissos nucleares.

"Eu encorajei o Irã a ser construtivo nas discussões que serão realizadas", disse Le Drian.

"Eles devem ajudar a identificar nas próximas semanas os passos que serão necessários para voltar a cumprir totalmente o acordo nuclear".

Em um tuíte sobre a ligação telefônica, Zarif disse: "Eu disse que a França deveria honrar seu compromisso previsto no acordo e parar de obedecer às sanções ilegais impostas pelos EUA".

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