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Mundo

Irã prendeu mais de 14 mil pessoas em protestos, diz ONU

Repressão será alvo de inquérito internacional

24 nov 2022 - 13h49
(atualizado às 14h16)
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O Conselho dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) informou nesta quinta-feira (24) que cerca de 14 mil pessoas foram presas no Irã desde o início dos protestos populares pela morte da jovem Mahsa Amini, 22 anos, iniciados em 16 de setembro deste ano.

Mahsa Amini morreu sob custódia da polícia da moral e bons costumes
Mahsa Amini morreu sob custódia da polícia da moral e bons costumes
Foto: EPA / Ansa - Brasil

A mulher morreu enquanto estava sob custódia da chamada polícia da moral e dos bons costumes e havia sido presa por não usar corretamente o véu islâmico.

"Estamos perante a uma verdadeira e séria crise de direitos humanos. Cerca de 14 mil pessoas, incluindo crianças, foram presas no contexto dos protestos", disse o alto comissário para os Direitos Humanos, Volker Türk, ressaltando ainda que essa é uma "situação insustentável".

Ainda conforme o representante, desde o início das manifestações, "as forças de segurança responderam usando a força letal contra pessoas desarmadas e pedestres que não representavam nenhuma ameaça à vida".

Türk ainda pediu ao governo "e a quem detém o poder que escute" os manifestantes e reconheçam os profundos problemas sociais, econômicos e políticos que se acumulam. Solicitou também que Teerã faça processos investigativos independentes, imparciais e transparentes sobre as possíveis violações dos direitos humanos e pare de "usar a violência" contra os cidadãos.

O comissário ainda pediu a libertação de todos os que foram presos por protestarem pacificamente e uma "moratória" às penas de morte já impostas a seis pessoas que estavam nos atos nas ruas.

Ao fim do encontro, o Conselho autorizou uma investigação internacional independente sobre a repressão dos protestos, em texto que recebeu 25 votos a favor, seis contrários (Armênia, China, Cuba, Eritreia, Paquistão e Venezuela) e 16 abstenções.

A reunião extraordinária foi convocada após uma solicitação formal da Alemanha e da Islândia e apoiada por 44 nações.

A resolução pede uma investigação "aprofundada" sobre as possíveis violações, em particular, no que tange mulheres e crianças. A missão deve "estabelecer fatos e circunstâncias" e apresentar uma atualização oral sobre as descobertas, e depois um relatório completo com as conclusões para o Conselho. .

Ansa - Brasil   
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