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Governo espanhol se prepara para transferir restos mortais de ditador Franco

11 fev 2019 - 20h27
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O governo socialista da Espanha pretende aprovar um decreto na próxima sexta-feira ordenando a retirada dos restos mortais do ditador Francisco Franco de um mausoléu nos arredores de Madri, disse à Reuters uma autoridade graduada do governo nesta segunda-feira.

Imagem do Vale dos Caídos, nos arredores de Madri.  20/11/2018. REUTERS/Susana Vera
Imagem do Vale dos Caídos, nos arredores de Madri. 20/11/2018. REUTERS/Susana Vera
Foto: Reuters

Mais de 40 anos após sua morte, a era Franco permanece sendo um assunto sensível na Espanha. O plano de mover os restos mortais divide a sociedade e partidos políticos espanhóis e tem sido adiado diversas vezes nos últimos meses. A família de Franco se opõe à exumação.

Após aprovação da ordem de retirada, o governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez dará à família de Franco 15 dias para escolher um lugar onde os restos mortais do ditador serão enterrados novamente, segundo o site de notícias eldiario.es.

Durante o governo Franco de 1939 a 1975, dezenas de milhares de oponentes foram assassinados e presos em uma campanha para acabar com a dissidência. Cerca de 500 mil combatentes e civis morreram durante a precedente guerra civil.

Transformar o "Vale dos Caídos", marcado por uma cruz de 152 metros sobre uma montanha e criticado como o único monumento remanescente na Europa em homenagem a um líder fascista, em um memorial a vítimas da brutal guerra civil espanhola é uma promessa de longa data do Partido Socialista Operário.

A promessa de Sánchez de remover os restos mortais de Franco até o fim de seu mandato é uma das diversas medidas de destaque com o objetivo de atrair eleitores de esquerda, junto com a nomeação de um gabinete majoritariamente feminino e a recepção inicial de mais imigrantes resgatados no Mar Mediterrâneo.

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