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Governo de transição da Líbia recebe confiança de Parlamento

10 mar 2021 - 17h26
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O governo de transição da Líbia obteve, nesta quarta-feira (10), a confiança do Parlamento, em uma votação para dar aval a uma administração resultante de um processo promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

    A expectativa é de que o novo governo auxilie o país a sair da crise política e ajuda na organização das eleições no final de dezembro. O juramento será realizado no próximo dia 15 de março, em Benghazi, na sede oficial da Câmara dos Representantes, informou o site líbio "Al Marsad".

    A votação, que ocorreu após dois dias de debates em Sirte, aprovou o gabinete de Abdelhamid Dbeibah com 132 votos a favor entre os 178 presentes.

    "Lembramos ao novo governo que seu mandato terminará em 24 de dezembro de 2021 e que, portanto, é um governo interino", afirmou o presidente da Câmara dos Deputados, Aguila Saleh.

    O premier designado Dbeibah apresentou a "estrutura e visão" de governo de União Nacional no mês passado. Com 61 anos de idade, o engenheiro e empresário ocupou cargos de responsabilidade durante o governo de Muamar Khadafi.

    O político foi escolhido para liderar o país no início de fevereiro, por delegados líbios que se reuniram em Genebra sob a mediação da ONU, na tentativa de encerrar a crise política que assola a nação há anos.

    A Líbia se fragmentou politicamente após a queda de Kadafi, em 2011, e desde então é palco de conflitos entre milícias.

    De um lado, está o governo de união nacional apoiado pelos grupos armados de Trípoli e Misurata e pela ONU; do outro, o Parlamento de Tobruk, fiel ao marechal Khalifa Haftar, que tem apoio declarado do Egito e dos Emirados Árabes Unidos, além da aliança tácita com a Rússia.

    O marechal e o Parlamento de Tobruk nunca reconheceram a legitimidade do governo de Fayez al-Sarraj - instituído por uma conferência de paz no Marrocos, em 2015 - e controlam a maior parte do país, principalmente o leste e o desértico sul.

    Ex-aliado de Kadafi, Haftar ajudou o coronel a derrubar o rei Idris, em 1969, mas rompeu com o ditador em 1987, após ter sido capturado no Chade. De lá, guiou, com o apoio da CIA, um fracassado golpe contra Kadafi.

Ansa - Brasil   
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