Fujian: conheça o porta-aviões chinês que desafia o domínio naval dos EUA
Com pouco mais de 80 mil toneladas de deslocamento, o Fujian é o maior porta-aviões da frota chinesa até agora. Conheça o equipamento que ameaça o domínio naval americano.
No cenário naval atual, a entrada em serviço do porta-aviões chinês Fujian representa uma mudança significativa nas capacidades marítimas do país asiático. Em 2025, o Fujian já se destaca como uma das peças centrais para a projeção de poder da Marinha da China. Ele é resultado de avanços tecnológicos e investimentos consideráveis. Afinal, o navio é fruto de um extenso programa de modernização militar impulsionado por Pequim. Assim, a China busca não apenas equiparar-se, mas rivalizar com as principais forças navais do mundo.
Com pouco mais de 80 mil toneladas de deslocamento, o Fujian é o maior porta-aviões da frota chinesa até agora. Suas dimensões permitem embarcar uma ala aérea composta por dezenas de caças de última geração, helicópteros multifunção e drones de vigilância. O projeto apresenta inovações importantes em relação aos porta-aviões precedentes Liaoning e Shandong, incluindo sistemas de lançamento eletromagnéticos, que multiplicam a eficiência e o ritmo de operações aéreas no convés.
Quais são as principais capacidades do Fujian?
Ao incorporar o sistema de lançamento EMALS (Electro-Magnetic Aircraft Launch System), similar ao utilizado nos porta-aviões da classe Gerald R. Ford dos Estados Unidos, o Fujian supera a limitação técnica dos tradicionais catapultas a vapor. Isso significa maior flexibilidade para lançar aeronaves com diferentes perfis de peso e missão, tornando possíveis operações com aeronaves de alerta antecipado e drones pesados. Além disso, o Fujian recebe um conjunto ampliado de radares e sistemas de defesa antiaérea, essenciais para garantir sua sobrevivência em ambiente hostil.
A autonomia operacional também se destaca entre os diferenciais do Fujian. Graças a sua propulsão avançada, baseada em turbinas a gás de última geração, o navio pode realizar missões de longa duração, fundamental para patrulhas e projeção de poder em regiões distantes do Mar do Sul da China ou até mesmo no Oceano Índico. O navio conta ainda com espaços dedicados a operações de comando e controle, essenciais para coordenar ataques aéreos complexos e articulações com outras embarcações de escolta.
Quanto custou o porta-aviões chinês Fujian?
O valor investido no Fujian é estimado em torno de US$ 8 bilhões, cifra que inclui não apenas o custo do navio, mas também o desenvolvimento de sistemas, treinamento de tripulações e adaptação de pistas aéreas para os novos modelos de aeronaves embarcadas. Comparativamente, este valor é inferior ao dos porta-aviões mais recentes dos Estados Unidos, reflexo da estratégia chinesa de otimização e nacionalização dos processos de construção naval militar.
Além do valor monetário, o Fujian é um símbolo do domínio industrial chinês no segmento militar. Praticamente todos os sistemas, do casco aos caças embarcados, são projetos autóctones, o que reduz dependências externas e reforça a capacidade de atualização tecnológica constante. O investimento feito não só amplia o arsenal chinês, mas também desafia a hegemonia dos tradicionais arsenais navais ocidentais.
Por que o Fujian representa um rival ao poder naval americano?
A entrada do Fujian no serviço ativo coloca a Marinha da China em uma nova categoria estratégica. Com as modernas tecnologias implementadas, o navio chinês se aproxima, em desempenho, das capacidades oferecidas pelos porta-aviões nucleares dos Estados Unidos. Destacam-se, dentre outros pontos, o número de caças embarcados, a alta taxa de surtidas diárias e a integração com meios aéreos não tripulados. Especialistas avaliam que, embora ainda haja diferenças em matéria de propulsão nuclear e experiência operacional, a lacuna entre China e Estados Unidos vem diminuindo rapidamente.
- Lançamento eletromagnético de aeronaves
- Grande capacidade de transporte e operação de aeronaves
- Sistemas modernos de defesa e comando
- Integração com tecnologias emergentes e nacionalização de sistemas
Esses fatores tornam o Fujian uma peça-chave para o futuro equilíbrio de forças nos oceanos, sinalizando uma corrida naval ainda mais intensa para os próximos anos.