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França exige garantias no acordo UE-Mercosul para proteger agricultores da 'concorrência desleal'

O ministro francês para Assuntos Europeus, Benjamin Haddad, alertou neste domingo (2), que a França não assinará o acordo comercial com os países do Mercosul sem a cláusula de salvaguarda prometida por Bruxelas para proteger seus agricultores. A Comissão Europeia anunciou "medidas de salvaguarda" em setembro, na esperança de obter a aprovação da França.

2 nov 2025 - 11h20
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O ministro francês para Assuntos Europeus, Benjamin Haddad, alertou neste domingo (2), que a França não assinará o acordo comercial com os países do Mercosul sem a cláusula de salvaguarda prometida por Bruxelas para proteger seus agricultores. A Comissão Europeia anunciou "medidas de salvaguarda" em setembro, na esperança de obter a aprovação da França.

Antes de ratificar o acordo, a França está “avaliando” se as garantias apresentadas por Bruxelas “protegeriam efetivamente o setor agrícola de perturbações no mercado”.
Antes de ratificar o acordo, a França está “avaliando” se as garantias apresentadas por Bruxelas “protegeriam efetivamente o setor agrícola de perturbações no mercado”.
Foto: REUTERS - Stephane Mahe / RFI

Os agricultores e pecuaristas franceses temem que seu mercado seja inundado por carne, açúcar e arroz do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, em virtude do acordo entre a União Europeia e o Mercosul.

"Queremos que essa cláusula seja adotada e reconhecida pelos países do Mercosul antes da assinatura de qualquer acordo", declarou Benjamin Haddad, em entrevista ao Journal du Dimanche.

Ele também explicou que a França está "avaliando" se as garantias apresentadas por Bruxelas "protegeriam efetivamente o setor agrícola de perturbações no mercado". Segundo o ministro, o principal objetivo de seu governo é defender os agricultores "da concorrência desleal".

Bruxelas espera obter a aprovação dos Estados europeus antes do final de dezembro, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ocupa a presidência rotativa do Mercosul.

O que falta para o acordo UE-Mercosul entrar em vigor

Com o objetivo de liberar o comércio entre a União Europeia e os países da América Latina, o acordo foi assinado no final de 2024. Em seguida, adotado pela Comissão Europeia em 3 de setembro de 2025, mas ainda precisa ser ratificado pelos 27 Estados-membros da UE para entrar em vigor.

O acordo visa permitir que a UE exporte mais carros, máquinas e bebidas alcoólicas para Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai. Em troca, facilitaria a entrada de carne, açúcar, arroz, mel e soja da América Latina, com o risco de enfraquecer alguns setores agrícolas europeus.

Para tentar tranquilizar os países mais relutantes ao acordo, como a França, a Comissão propôs no início de setembro cláusulas de salvaguarda reforçadas, em caso de aumento repentino das importações ou queda nos preços, com um monitoramento intensificado dos produtos sensíveis.

Sem conseguir formar uma minoria de bloqueio dentro da União Europeia, o presidente Emmanuel Macron declarou, no início de junho, estar disposto a assinar o acordo até o fim de 2025, sob certas condições. A França também exige um mecanismo de controle sanitário mais rigoroso.

"É à luz desses diferentes elementos, uma vez que o pacote final for apresentado pela Comissão, que estaremos em condições de nos posicionar definitivamente sobre esse acordo", alertou neste domingo Benjamin Haddad.

Com informações da AFP

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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