Script = https://s1.trrsf.com/update-1765224309/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

As Principais Notícias da Europa

Zelensky diz que Kiev não tem direito 'legal' e nem 'moral' de ceder territórios a Moscou

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou, nesta segunda-feira (8), que Kiev não tem o direito "legal" e nem "moral" de ceder à Rússia territórios ucranianos. A questão territorial tem sido um ponto central das negociações em curso sobre um plano de paz mediado pelos Estados Unidos.

8 dez 2025 - 16h51
Compartilhar
Exibir comentários

"Estamos cogitando ceder territórios? Não temos nenhum direito legal de fazê-lo, em virtude da lei ucraniana, da nossa constituição e do direito internacional. E também não temos nenhum direito moral", declarou o presidente ucraniano durante uma coletiva de imprensa online.

"A Rússia insiste para que cedamos territórios, mas não queremos ceder nada. Estamos lutando por isso, como vocês sabem bem", acrescentou ele, destacando que os Estados Unidos buscavam encontrar um "compromisso" sobre esse ponto.

"Há problemas difíceis relacionados aos territórios e nenhum compromisso foi ainda encontrado", afirmou Zelensky, informando ainda que a Ucrânia vai apresentar aos Estados Unidos, na terça-feira (9), uma nova versão do plano de paz. 

Encontro com líderes europeus

Nesta segunda-feira, os aliados europeus demonstraram, em Londres, sua solidariedade a Volodymyr Zelensky e expressaram seu "ceticismo" sobre detalhes da proposta americana destinada a pôr fim à guerra.

Os dirigentes francês, alemão e britânico se reuniram por pouco menos de duas horas com o presidente ucraniano, a quem o presidente Donald Trump havia acusado, durante a noite, de "não ter lido" as últimas propostas norte-americanas. Propostas cujo conteúdo não foi divulgado.

Falando na abertura da reunião, o chanceler alemão, Friedrich Merz, declarou estar "cético" em relação a "certos detalhes que vemos nos documentos provenientes dos Estados Unidos". Ele não especificou a quais documentos se referia.

O presidente francês, Emmanuel Macron, foi na mesma direção e destacou que "a principal questão" era "a convergência entre nossas posições comuns, entre europeus e ucranianos, e os Estados Unidos".

"Há certas coisas que não podemos gerir sem os americanos, certas coisas que não podemos gerir sem a Europa, e é por isso que precisamos tomar decisões importantes", sublinhou por sua vez Zelensky, que partiu imediatamente após a reunião para Bruxelas, a fim de se encontrar com os responsáveis da Otan e da União Europeia. De lá, ele segue para a Itália.

Antes da reunião, o dirigente britânico Keir Starmer também havia indicado que não "pressionaria o presidente" Zelensky para aceitar as propostas americanas. "O mais importante é alcançar uma paralisação das hostilidades" e que ela seja "justa e duradoura", declarou ele à ITV News. Os quatro dirigentes não fizeram nenhuma declaração ao término da reunião.

Questão territorial

Pouco antes dessas discussões em Londres, uma fonte indicou à AFP que a questão territorial permanecia a mais "problemática". A Rússia, que controla mais de 80% do Donbass, quer obter a totalidade desse território, uma exigência que tem sido rejeitada por Kiev.

A questão da utilização dos ativos russos congelados na Europa para financiar a Ucrânia também deveria ser abordada em Londres. Um responsável britânico declarou nesta segunda-feira "esperar ver em breve avanços" sobre o assunto, enquanto os países da União Europeia esperam chegar a um acordo na próxima cúpula europeia, que acontece nos dias 18 e 19 de dezembro.

Com AFP

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade