PUBLICIDADE

Europa

Turquia: advogados protestam contra prisão de colegas durante protestos

12 jun 2013 - 15h16
(atualizado às 16h26)
Compartilhar
Exibir comentários
Advogados marcham em Ancara contra prisão de colegas durante protestos: "Queremos justiça", diz a faixa
Advogados marcham em Ancara contra prisão de colegas durante protestos: "Queremos justiça", diz a faixa
Foto: AP

Milhares de advogados turcos se reuniram nesta quarta-feira em frente a tribunais de todo o país para denunciar a prisão temporária de cerca de 50 profissionais, que aconteceu ontem em Istambul, por participarem dos protestos antigovernamentais.

Cerca de três mil advogados se concentraram em frente ao Palácio de Justiça em Ancara em solidariedade aos companheiros detidos por apoiar os protestos que acontecem há duas semanas no país, informou à Agência Efe um dos participantes.

Dirigindo-se aos juristas reunidos em Ancara, o vice-presidente da Associação de Advogados da cidade, Sema Aksoy, declarou que o fato foi um ataque contra todos os letrados. Aksoy acrescentou que seus colegas detidos foram agredidos, tiveram as roupas rasgadas e as mãos algemadas ao subir no ônibus no qual foram levados. "Nós estamos levantando. Não nos entregaremos. A paz social está em perigo", sentenciou Aksoy.

"Promotor, olhe e conte quantos somos!", gritaram as centenas de juristas que hoje voltaram a reunir-se em Istambul para protestar contra o promotor que ordenou a detenção de seus colegas. "Todos os lugares são Taksim, em todas as partes há resistência", cantaram os manifestantes, em referência à praça de Istambul que virou centro e símbolo da onda de protestos.

Os advogados de Istambul pediram a renúncia do promotor que ordenou ontem a detenção de seus companheiros. Protestos similares aconteceram simultaneamente em várias províncias do país, embora com menor participação. Os cerca de 50 advogados que protestavam ontem em Istambul contra a violência policial em direção aos manifestantes do parque Gezi e a praça Taksim foram detidos, embora libertados logo após uma ordem fiscal.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade