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Renúncia de príncipe Andrew "legitima" mulher que o acusou, diz família

A família de Virginia Giuffre, que acusou o príncipe Andrew, do Reino Unido, de agressão sexual, disse que sua renúncia ao seu título real a "legitima" como vítima. O rei Charles III tenta superar um escândalo que manchou a reputação da monarquia britânica.

18 out 2025 - 12h27
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A família de Virginia Giuffre, que acusou o príncipe Andrew, do Reino Unido, de agressão sexual, disse que sua renúncia ao seu título real a "legitima" como vítima. O rei Charles III tenta superar um escândalo que manchou a reputação da monarquia britânica.

Príncipe Andrew é alvo de uma nova série de denúncias que abalam a família real britânica.
Príncipe Andrew é alvo de uma nova série de denúncias que abalam a família real britânica.
Foto: © Shutterstock/SIPA / RFI

Sob pressão de seu irmão rei, o príncipe Andrew, de 65 anos, anunciou na sexta-feira (17) que renunciaria ao título de duque de York, após novas revelações sobre seus laços com o agressor sexual americano Jeffrey Epstein, encontrado morto na prisão em 2019. Virginia Giuffre, que acusou o príncipe de agressão sexual quando tinha 17 anos e suicidou-se em abril passado, estaria "muito satisfeita" com a renúncia, disse seu irmão Sky Roberts, à emissora BBC.

"Derramamos muitas lágrimas de alegria e tristeza", disse ele, na sexta-feira, "porque, de muitas maneiras, isso confirma a Virgínia". O príncipe Andrew, que abrirá mão das últimas honrarias de sua vida real, mais uma vez negou categoricamente as acusações feitas contra ele.

Sua renúncia ao título de duque de York evita que o Parlamento debata e possivelmente decida destituí-lo, outro episódio que geraria novas manchetes negativas para o trono. Ele mantém apenas seu título de príncipe.

A decisão ocorre pouco antes da visita de Estado do rei Charles e da rainha Camilla ao Vaticano, na quarta (22) e quinta-feira (23), onde se encontrarão com o papa Francisco, um momento solene que corre o risco de ser manchado por novas revelações sobre o caso.

Livro explosivo

O lançamento, na terça-feira, de "Nobody's Girl", o livro de memórias póstumo de Virginia Giuffre, promete ser contundente para o príncipe, de acordo com trechos já divulgados.

Logo após o anúncio da renúncia, membros democratas de um comitê da Câmara dos Representantes dos EUA divulgaram documentos do espólio de Epstein, que mostram que Andrew viajou pelo menos quatro vezes no jato particular do financista. De acordo com esses registros de voo, o "príncipe Andrew" é listado como passageiro duas vezes em 1999, uma vez em 2000, ao lado de Epstein e sua parceira e cúmplice Ghislaine Maxwell, e novamente com ela em 2006.

Na sexta-feira, o irmão de Virginia Giuffre se ofereceu para se encontrar com membros do Parlamento Britânico e até mesmo com o rei Charles III para "apresentar as evidências (...) disponíveis para continuar a fazer sua voz ser ouvida".

"É muito importante que o mundo saiba a heroína que ela foi, mas também o quanto ainda resta a ser descoberto" sobre o caso Epstein, acrescentou Roberts. Andrew se retirou da vida pública há cinco anos, após uma entrevista desastrosa à televisão, na qual ele defendeu sua amizade com Epstein.

Série de escândalos

Esta semana, novas revelações surgiram na imprensa britânica: o príncipe, que em 2019 havia afirmado ter cortado todos os laços com Jeffrey Epstein em dezembro de 2010, havia mentido e mantido contato com o financista americano.

Além de seu relacionamento com Epstein, o príncipe está no centro de outros escândalos, incluindo contatos com um espião chinês suspeito de espionagem, o que enfureceu o Palácio de Buckingham. A monarquia aumentou a pressão sobre ele, levando Andrew a reconhecer que essas acusações "eram prejudiciais ao trabalho de Sua Majestade e da família real".

Virginia Giuffre entrou com uma ação judicial em 2021 contra o príncipe, que evitou um julgamento em Nova York pagando-lhe milhões de dólares. Ela tirou a própria vida em 25 de abril, aos 41 anos, em sua fazenda na Austrália Ocidental.

"(Andrew) acreditava que dormir comigo era seu direito" por causa de seu status, relatou ela em suas memórias, dizendo que foi apresentada ao príncipe em março de 2001, enquanto estava em Londres visitando Ghislaine Maxwell.

Com AFP

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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