Prefeito francês assina decreto contra o mau-humor e 'obriga' moradores a sorrir
Diante do clima de inverno no hemisfério norte, a menos de um mês do Natal, François Driol, prefeito de Andrézieux-Bouthéon, cidade francesa a 500 km ao sul de Paris, decidiu adotar uma medida inusitada: um decreto municipal para garantir bom humor na cidade durante as festas de fim de ano. Entre as recomendações, estão sorrisos "obrigatórios" e uso de roupas coloridas.
Às vésperas das comemorações de fim de ano, o prefeito redigiu um decreto com o objetivo de "descontrair" os moradores. "Pedi a todos que sorriam, sejam felizes e usem roupas coloridas", resumiu Driol à imprensa local.
Segundo o texto, o bom humor passa a ser obrigatório — ou, pelo menos, fortemente recomendado — para os cerca de 10 mil habitantes da cidade. Além do sorriso, todos que estiverem na cidade são convidados a desejar "Feliz Natal", "Feliz Ano Novo" ou ainda "Boas Festas" a cada pessoa que encontrarem. Moradores e visitantes também são incitados a participar das atividades organizadas pela prefeitura, clubes e associações locais para promover o alto astral entre 1º de dezembro e 2 de janeiro.
O decreto também menciona que o uso de blusas coloridas com tema natalino será tolerado e incentivado, e a polícia municipal poderá agir contra roupas "muito sem graça".
Colesterol em alta
Os pequenos exageros gastronômicos das festas também estão contemplados: o decreto incentiva os moradores a "comer, durante as festas de fim de ano, tudo o que tiverem vontade". Para incentivar a comilança, a prefeitura ainda pede aos profissionais de saúde para "aumentar os limites permitidos para colesterol e glicemia", geralmente atingidos rapidamente nessa época, ironizou o prefeito.
Um dos artigos do decreto prevê ainda que, "em caso de ausência de neve no Natal, os habitantes voluntários poderão ser solicitados a vir praticar cantos e danças no pátio da prefeitura", para atrair neve. O prefeito e todos os vereadores deverão participar dessas sessões.
Driol reconhece a ironia de sua iniciativa, mas defende o projeto. "Isso faz parte das minhas atribuições, provocar essas trocas, essas discussões. Basta andar pelas ruas da cidade e ver como isso deu o que falar", disse à imprensa francesa. E ele já avisou: um "decreto específico" para a noite de 24 para 25 de dezembro está a caminho.
Com agências
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