Para franceses, instabilidade política foi o 'evento mais significativo do ano', segundo pesquisa
A instabilidade política na França foi o evento mais significativo de 2025 para a população do país, conforme aponta um levantamento divulgado nesta quinta-feira (25) pelo jornal Le Figaro. Segundo a pesquisa Odoxa-Backbone, 47% dos franceses compartilham dessa opinião. Dentro deste pacote, estão a queda do primeiro-ministro François Bayrou, em setembro, e o impasse para a aprovação do orçamento de 2026.
A crise política interna superou o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e as questões relacionadas ao poder de compra na França, além dos conflitos em curso na Ucrânia e em Gaza.
As opiniões dos entrevistados franceses variaram de acordo com suas tendências políticas. O conflito entre Israel e Palestina foi o evento que mais afetou os eleitores do partido da esquerda radical França Insubmissa (LFI). Mas para os simpatizantes da legenda de extrema direita Reunião Nacional (RN), a perda de poder aquisitivo foi a principal preocupação.
Já os eleitores do partido liberal Republicanos (LR) destacaram a instabilidade política, seguida pela volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e a prisão do ex-presidente Nicolas Sarkozy
Trump, entretanto, foi eleito a figura mais influente de 2025 entre os franceses (49%), à frente do chefe de estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, do presidente russo, Vladimir Putin, do papa Leão XIV e do próprio chefe do executivo francês, Emmanuel Macron.
Prioridades para 2026
Para 2026, a maioria dos entrevistados apontou que suas prioridades são o aumento do poder de compra, a redução da criminalidade e da insegurança, a redução da imigração (35%), a redução da pobreza (31%) e a diminuição dos impostos (27%).
Entre os eleitores do partido Renascimento, de Macron, o foco é o combate à criminalidade, seguido pelo aumento do poder aquisitivo e o fortalecimento das forças militares do país.
A pesquisa foi realizada com 1.005 franceses, com 18 anos ou mais, usando o método de amostragem por quotas e entrevistas online, entre os dias 17 e 18 de dezembro.
Com AFP