Obra-prima de Rubens desaparecida há quatro séculos é redescoberta em mansão histórica de Paris
Uma descoberta extraordinária acaba de sacudir o mundo da arte: um quadro de Peter Paul Rubens, considerado perdido há mais de 400 anos, foi encontrado em uma mansão no coração de Paris. A obra, intitulada Cristo na Cruz, foi pintada em 1613 e reapareceu durante o inventário de uma propriedade localizada no elegante 6º distrito da capital francesa, em setembro de 2024, informou nesta quarta-feira (10) o leiloeiro especialista que encontrou a obra.
Uma descoberta extraordinária acaba de sacudir o mundo da arte: um quadro de Peter Paul Rubens, considerado perdido há mais de 400 anos, foi encontrado em uma mansão no coração de Paris. A obra, intitulada Cristo na Cruz, foi pintada em 1613 e reapareceu durante o inventário de uma propriedade localizada no elegante 6º distrito da capital francesa, em setembro de 2024, informou nesta quarta-feira (10) o leiloeiro especialista que encontrou a obra.
Jean-Pierre Osenat, presidente da renomada casa de leilões que leva seu nome, foi o responsável pela identificação da pintura. "É uma obra-prima que desapareceu por séculos. Encontrá-la é um acontecimento raríssimo e uma descoberta sem precedentes", declarou à agência AFP. A peça será leiloada no dia 30 de novembro, com grande expectativa entre colecionadores e instituições culturais.
A autenticidade do quadro foi confirmada por Nils Büttner, especialista em arte flamenga e presidente do Rubenianum, centro de estudos dedicado à obra de Rubens, localizado na Antuérpia (Bélgica). Segundo Büttner, a pintura foi realizada no auge da carreira do artista e representa um marco do início da pintura barroca.
A composição mostra Cristo crucificado, isolado e iluminado contra um céu sombrio e ameaçador. Ao fundo, o Gólgota é retratado com rochas e vegetação, e uma vista de Jerusalém aparece sob uma tempestade iminente. O quadro, medindo 105,5 cm por 72,5 cm, está em excelente estado de conservação.
Embora Rubens tenha produzido muitas obras para a Igreja, acredita-se que esta peça tenha sido criada para um colecionador particular. Ela pertenceu ao pintor francês William Bouguereau no século 19, e, posteriormente, aos proprietários da mansão parisiense onde foi redescoberta.
A revelação reacende o fascínio pela obra de Rubens e reforça a importância da preservação e estudo do patrimônio artístico europeu.
(Com AFP)