Milhares de pessoas fizeram neste domingo em Kiev uma manifestação pela paz e contra o terrorismo em memória dos 12 civis mortos na terça-feira na cidade de Volnovaja, no leste da Ucrânia, quando um projétil de artilharia atingiu um ônibus de passageiros.
A passeata foi convocada nas redes sociais sob o lema "Eu sou Volnavaja", em alusão ao "Je suis Charlie" que surgiu em Paris após o atentado jihadista contra a redação da revista francesa Charlie Hebdo.
Parte dos participantes da manifestação se reuniram no parque Shevchenko e foram para a Praça da Independência, tradicional ponto de grandes comícios na capital ucraniana.
Outra coluna, liderada pelo prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, chegou ao centro da cidade vindo da praça Mijailovkaya.
"Gloria à Ucrânia!", " Gloria aos heróis!", eram algumas das palavras gritadas pelos manifestantes.
As autoridades ucranianas acusaram os separatistas pró-Rússia pelo ataque contra o ônibus, que foi alcançado pelo fogo de artilharia junto de um posto de controle das forças governamentais.
Os separatistas negaram seu envolvimento e afirmaram que a zona de Volnavaja, a cerca de 40 quilômetros ao sul da cidade de Donetsk, o principal reduto dos pró-Rússia, está fora do alcance de sua artilharia.
Analistas da missão especial da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) para a Ucrânia estabeleceram que os projéteis que caíram junto ao ônibus foram disparados de uma área ao norte e ao nordeste de Volnojava.
Embora a OSCE não tenha responsabilizado os rebeldes pelo ataque, as autoridades ucranianas consideraram as conclusões dos especialistas uma confirmação de suas acusações, já que afirmam que as áreas de onde os projéteis foram disparados estão sob controle dos separatistas.
A ex-croupier Gaika se juntou aos rebeldes pró-Rússia e se tornou especialista em manobrar obuseiros, tipo de arma que dispara projéteis explosivos em trajetórias curvas, na cidade de Makievka, leste da Ucrânia, em 6 de outubro
Foto: Shamil Zhumatov / Reuters
Irina, funcionária de um posto de gasolina se tornou membro do grupo rebelde na cidade de Makievka, leste da Ucrânia, em 6 de outubro
Foto: Shamil Zhumatov / Reuters
A rebelde pró-Rússia Alla, apelidada de Ryzhaya (a ruiva), posa para foto durante uma entrevista na cidade de Donetsk, no leste da Ucrânia, em 5 de outubro
Foto: Shamil Zhumatov / Reuters
Uma rebelde pró-russa é fotografada ao lado de um caminhão antes de partir para o Aeroporto Internacional Prokofiev durante combates com o governo ucraniano na cidade de Donetsk, em 4 de outubro
Foto: Shamil Zhumatov / Reuters
Stella, de 33 anos, fica de guarda no vilarejo de Schastya, próximo à cidade de Lugansk, no leste da Ucrânia, em 26 de setembro
Foto: David Mdzinarishvili / Reuters
Nadie, de 36 anos, é captada pelas lentes do fotógrafo da Reuters em um campo militar em Lugansk, no leste ucraniano, em 24 de setembro
Foto: David Mdzinarishvili / Reuters
Mulheres também aderiram ao grupo na cidade de Nizhnaya Krinka, no leste ucraniano; foto tirada em 23 de setembro
Foto: Marko Djurica / Reuters
Rebelde monta guarda em Horlivka, em 18 de setembro
Foto: David Mdzinarishvili / Reuters
Separatista pró-russa tira foto junto de seu rifle em Donetsk, leste da Ucrânia, em 17 de setembro
Foto: Marko Djurica / Reuters
Uma mulher que luta ao lado dos separatistas pró-russos posa para a foto junto da sua pistola em Lugansk, em 14 de setembro
Foto: Marko Djurica / Reuters
Centenas de mulheres que se aliaram ao movimento separatista pró-russo estão espalhadas por todo o leste ucraniano; registro feito em 10 de setembro
Foto: David Mdzinarishvili / Reuters
As separatistas aderiram à luta armada para combater as forças do governo ucraniano em Donetsk; foto tirada em 8 de setembro