Inquérito revela que fiel morto em ataque à sinagoga em Manchester foi baleado pela polícia
As conclusões preliminares de um inquérito público revelaram, nesta quarta-feira (29) que Adrian Daulby, uma das vítimas do ataque à sinagoga da Congregação Hebraica de Heaton Park, no noroeste da Inglaterra, morreu após ter sido baleado pela polícia. O ataque, ocorrido em 2 de outubro, também vitimou Melvin Cravitz, de 66 anos, esfaqueado diversas vezes pelo agressor.
As conclusões preliminares de um inquérito público revelaram, nesta quarta-feira (29) que Adrian Daulby, uma das vítimas do ataque à sinagoga da Congregação Hebraica de Heaton Park, no noroeste da Inglaterra, morreu após ter sido baleado pela polícia. O ataque, ocorrido em 2 de outubro, também vitimou Melvin Cravitz, de 66 anos, esfaqueado diversas vezes pelo agressor.
A investigação, que busca esclarecer as circunstâncias das mortes dos fieis judeus foi suspensa e as audiências serão retomadas no início do ano que vem.
Adrian Daulby, de 53 anos, foi atingido no peito por disparos da polícia. Durante o processo, ele foi descrito como um "herói silencioso" por ter corrido para bloquear as portas da sinagoga para impedir a entrada do agressor, Jihad Al-Shamie, britânico de origem síria, de 35 anos.
O superintendente da Polícia de Manchester, Lewis Hughes, confirmou que a autópsia apontou ferimentos fatais por arma de fogo.
Melvin Cravitz, de 66 anos, morreu após ser esfaqueado diversas vezes pelo agressor no torso, na cabeça e no pescoço, afirmou a juíza Alexia Durran, acrescentando que essas conclusões são preliminares.
O agressor, que usava um cinto explosivo falso, lançou seu veículo contra os fiéis antes de atacá-los com uma faca. Três pessoas ficaram gravemente feridas.
Segundo os investigadores antiterrorismo, Al-Shamie telefonou para a polícia durante o ataque, declarando lealdade ao grupo Estado Islâmico.
Um inquérito separado sobre a sua morte será aberto na sexta-feira (31).
O atentado ocorreu durante o feriado judaico de Yom Kippur. Seis pessoas chegaram a ser presas, mas foram liberadas sem acusações.
À época, o rei Charles III lamentou a tragédia. "Minha esposa e eu estamos profundamente chocados e entristecidos ao saber do terrível ataque em Manchester, especialmente neste dia tão importante para a comunidade judaica", afirmou. "Nossos pensamentos e orações estão com todas as pessoas afetadas por esse incidente horrível", acrescentou.
Com AFP