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Europa

Hollande afirma que 15 feridos do atentado de Nice seguem em estado grave

20 jul 2016 - 08h46
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O presidente da França, François Hollande, afirmou nesta quarta-feira que 15 pessoas feridas no atentado de Nice na quinta-feira passada continuam "entre a vida e a morte" e reiterou seu pedido de união do país frente "aos fanáticos" que querem dividi-lo.

Em discurso focado na luta contra o terror no Centro de Treinamento da Gendarmaria, em Saint Astier, no departamento de Dordonha, Hollande disse que o ataque de Mohamed Lahouaiej-Bouhlel, que atropelou com um caminhão uma multidão que acompanhava a queima de fogos de artifício da Festa Nacional, deixou 331 pessoas feridas.

"Nada nos fará ceder. Estamos decididos, com o governo de Manuel Valls, a tomar todas as medidas úteis para proteger os franceses dentro do respeito à democracia", disse, em alusão às críticas da oposição de direita, que considera que não foi feito o suficiente para evitar o atentado e pede mais dispositivos antiterroristas.

O chefe do Estado, que insistiu que é preciso "preservar mais do que nunca a coesão nacional" e "tomar todas as medidas compatíveis com nossas regras e com nosso direito", também pediu aos franceses que se somem à reserva, com a qual querem reforçar as missões das forças da ordem.

No que parece uma alusão às vaias na segunda-feira ao primeiro-ministro que participou do minuto de silêncio em homenagem as 84 vítimas da Promenade des Anglais (Passeio dos Ingleses), onde aconteceu o atentado, Hollande afirmou que "após um drama assim, a indignação é legítima, mas que isso não pode gerar ódio e suspeitas".

Ele justificou "pelo atentado e pelos riscos de réplica" a prorrogação do estado de emergência, que está tramitando no Parlamento em caráter de urgência, quando poucas horas antes do ataque de Nice ele mesmo tinha indicado que suspenderia a medida a partir de 26 de julho.

O projeto de lei prevê estender por mais seis meses o estado de emergência e integra novas medidas, como a possibilidade de investigar as informações de telefones e computadores expropriados em batidas realizados sem autorização judicial.

"Este texto comtempla tudo que pode aumentar a eficácia sem violar o Estado de direito", garantiu, antes de advertir aos que querem medidas "de exceção" que isso geraria o risco de "ceder em liberdades sem ganhar nada em segurança".

EFE   
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