França anuncia barreiras 'anti-invasão' no Louvre após roubo de joias da coroa
Ministra da Cultura, Rachida Dati, reconhece falhas de segurança e promete reforço nas próximas semanas
O governo francês anunciou, nesta sexta-feira, 31, que o Museu do Louvre, em Paris, receberá dispositivos "anti-invasão" e barreiras contra ataques com veículos nos próximos dois meses. A medida foi divulgada pela ministra da Cultura, Rachida Dati, em meio à pressão pública e política após o roubo de oito peças das joias da coroa francesa, avaliada em cerca de R$ 550 milhões.
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Também foram divulgadas as conclusões preliminares da investigação sobre o assalto, que classificou como "crônica e estrutural" a subestimação dos riscos de furto no museu mais visitado do mundo.
"Por mais de 20 anos, os riscos de invasão e roubo foram estruturalmente subestimados", declarou Dati em entrevista à emissora TF1. "Não podemos continuar assim".
Segundo a ministra, os sistemas de alarme funcionaram durante o roubo, mas a apuração revelou "falhas de segurança", "protocolos obsoletos" e "governança inadequada". Dati também recusou o pedido de demissão da diretora do Louvre, Laurence des Cars, e defendeu uma reformulação completa da segurança do museu.
O crime ocorreu à luz do dia, quando quatro ladrões usaram uma caminhonete com escada mecânica para alcançar uma janela da Galeria Apolo, onde as joias estavam expostas. A ação durou poucos minutos, e o grupo conseguiu fugir antes da chegada das autoridades. As peças seguem desaparecidas.
