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Europa

Crimeia: 96,7% votaram a favor da reunificação com a Rússia

17 mar 2014 - 03h58
(atualizado às 06h44)
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A maioria absoluta dos moradores da Crimeia - 96,77% dos crimeanos (pouco mais de 1,2 milhão de eleitores) -, votou a favor da reunificação com a Rússia no referendo separatista realizado domingo.

Segundo as autoridades locais, na consulta, declarada ilegal pelo governo da Ucrânia e pela quase totalidade da comunidade internacional, participaram 1.274.096 crimeanos, ou seja, uma participação de 83,1% dos eleitores aptos a votar.

Antes que de terminar a apuração, Malishev estimou que apenas pouco mais de 3% dos eleitores escolheram a segunda opção: uma ampla autonomia no seio da Ucrânia. Ele reconheceu que alguns eleitores mortos tinham sido incluídos no censo eleitoral, e culpou as autoridades de Kiev, que bloquearam os últimos dados de população, pela falha.

Malishev afirmou que o censo foi elaborado com dados de 2012, mas confessou que sua própria mãe, que morreu em 4 de março, também recebeu uma carta da comissão eleitoral após morta.

De acordo com os números de participação, além dos 60% de russos étnicos, a minoria ucraniana também votou e, segundo as autoridades, uma pequena porcentagem de tártaros, que foram convidados pelas lideranças étnicas a boicotar a consulta.

O parlamento crimeano aprovará hoje em sessão extraordinária os resultados do plebiscito e em seguida se dirigirá ao presidente russo, Vladimir Putin, para que aceite a república separatista ucraniana dentro da Federação Russa.

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/mundo/crise-na-ucrania/" data-cke-429-href="http://noticias.terra.com.br/mundo/crise-na-ucrania/">veja o infográfico</a>

Putin defendeu ontem à noite a legitimidade do referendo separatista crimeano em um telefonema com o presidente americano, Barack Obama, que lembrou ao chefe do Kremlin que o Ocidente adotará sanções se a Crimeia realmente deixar a Ucrânia.

Os Estados Unidos e as chancelarias ocidentais condenaram ontem à noite a consulta, e anteciparam que não reconhecerão seus resultados, além de defender com veemência a integridade territorial da Ucrânia, que por sua vez tachou a votação de anticonstitucional.

EFE   
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