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Europa

Britânico deve informar polícia sempre que for fazer sexo

Homem de 40 anos foi colocado na Ordem de Risco Sexual após ser considerado inocente de uma acusação de estupro

10 jun 2016 - 09h00
(atualizado às 09h47)
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Um homem, que deve informar a polícia pelo menos 24 horas antes de planejar fazer sexo, disse que sua vida se tornou “uma prisão virtual” por conta da decisão. As informações são do site The Independent.

O britânico, de 40 anos, foi inocentado no ano passado de uma acusação de estupro, porém foi incluído na Ordem de Risco Sexual, que obriga o individuo a informar as autoridades com antecedência sempre que planejar um ato sexual.

Foto: Tomohiro Ohsumi / Getty Images

Após sair de uma audiência em um tribunal de York, na Inglaterra, ele contou aos repórteres que o requisito “põe fim a sua vida” e que não tem mais “nenhuma perspectiva” de relacionamento.

“É tão injusto, não há convicção, só uma alegação na qual fui inocentado e eles ainda fazem isso. Eles criaram uma prisão virtual”, afirmou. O homem também fez duras criticas à polícia. “Se eles perdem no tribunal, usam essas ordens de risco como uma ferramenta de punição”.

Na Ordem de Risco Sexual, são incluídas pessoas consideradas um perigo a sociedade, mesmo que não tenham sido condenados ou advertidos por crimes dessa natureza. A medida foi implantada em 2015 e alerta que o indivíduo “deve declarar os detalhes do companheiro, incluindo seu nome, endereço e data de nascimento pelo menos 24 horas antes das relações sexuais”.

Quem está sob essa vigilância também deve dar à polícia o código de acesso de seu celular, além de ser impedido de usar qualquer dispositivo móvel que não possa ser monitorado. O britânico, porém, decidiu não entregar-lhes o código por “uma questão de princípio” e passou uma noite na cadeia por isso.

O homem acha que os termos da Ordem deveriam ser proibitivos e não obrigatórios. Quando perguntado sobre a perspectiva de um relacionamento, ele disse que o processo seria “terrível”.

Segundo a imprensa internacional, o homem, que não pode ter sua identidade revelada por questões legais, é pai de dois filhos e trabalha na área de TI. Durante o julgamento, no qual foi inocentado da acusação de estupro, ele admitiu ter interesse em sexo sadomasoquista e que costumava visitar clubes de fetiche.

Fonte: Terra
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