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Atentados de Paris: ex-companheira de Salah Abdeslam é detida suspeita de plano terrorista na França

A ex-companheira de Salah Abdeslam, condenado à prisão perpétua pela participação nos atentados de 13 de novembro de 2015, está no foco de investigações antiterroristas. Autoridades francesas afirmam que Maëva B. teria entregue um pen drive a Abdeslam e planejado um atentado.

10 nov 2025 - 15h39
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A ex-companheira de Salah Abdeslam, condenado à prisão perpétua pela participação nos atentados de 13 de novembro de 2015, está no foco de investigações antiterroristas. Autoridades francesas afirmam que Maëva B. teria entregue um pen drive a Abdeslam e planejado um atentado.

A Procuradoria Nacional Antiterrorista (PNAT) emitiu um comunicado afirmando que abriu duas investigações judiciais distintas: a primeira referente ao pen drive, que teria sido conectado ilegalmente ao computador de Salah Abdeslam, o único sobrevivente dos comandos do 13 de novembro. Atualmente, ele está preso em Vendin-le-Vieil, penitenciária localizada no norte da França; a segunda é sobre o planejamento frustrado de um atentado.

A PNAT informou ter descoberto "diversas conversas e buscas relacionadas ao desenvolvimento de um plano independente para ação violenta, sem qualquer ligação com Salah Abdeslam, em dispositivos digitais apreendidos durante uma busca na casa de Maëva B". A descoberta foi feita após uma investigação aberta em janeiro de 2025 referente ao pen drive suspeito.

A procuradoria especifica que Maëva B., que está sob custódia policial desde terça-feira (4), demonstra "clara radicalização e fascínio pela jihad". Sob custódia, ela "admitiu ter inserido num pen drive propaganda jihadista e entregado o dispositivo a Salah Abdeslam durante uma visita à prisão". De acordo com a PNAT, ela está separada de Abdeslam e não tem contato com ele desde abril desse ano.

As investigações pediram a detenção de duas pessoas: uma jovem de 17 anos residente no departamento de Hérault, no sul da França, e um homem de 20 anos, atual marido de Maëva B. e que reside no departamento de Isère, nos Alpes franceses. Os dois foram detidos na última sexta-feira (7).

Pedido de prisão

No inquérito judicial aberto nesta segunda-feira (10), a Procuradoria Nacional Antiterrorista solicitou que Maëva B. e os dois detidos fossem acusados de conspiração terrorista para cometer crimes contra pessoas e que a detenção preventiva fosse transformada em prisão provisória.

Em relação ao pen drive, a PNAT encaminhou o caso a um juiz por receptação de bens roubados entregues a um detento e cumplicidade, além de conspiração para cometer um crime.

Ainda segundo a procuradoria, a administração penitenciária de Vendin-le-Vieil, no norte do país, informou em 17 de janeiro de 2025 sobre a descoberta, dois dias antes, de "vestígios de conexões de quatro pen drives entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025 no computador de propriedade legal de Salah Abdeslam" na prisão.

"A análise do computador revelou a presença de vários registros na forma de 'caminhos de acesso' a arquivos de áudio, imagem ou vídeo, a maioria dos quais relacionados à propaganda oficial de organizações terroristas, como o Estado Islâmico ou a Al-Qaeda", enfatizou o comunicado da PNAT. A investigação sobre o material contido no pen drive levou "a diversas audiências realizadas na Bélgica como parte de um pedido de assistência jurídica mútua e à identificação de Maëva B., que na época dos fatos tinha autorização de visita".

Medida excepcional

A detenção de Maëva B., que começou na terça-feira (4), durou seis dias, uma duração excepcional permitida apenas em casos de ameaça iminente de ataque ou necessidade de cooperação internacional. De acordo com uma fonte próxima ao caso, esses dois critérios justificaram essa medida, que é usada, principalmente, por autoridades antiterroristas.

Nesta segunda-feira, a diretora-geral de Segurança Interna (DGSI), Céline Berthon, afirmou que Salah Abdeslam "não está envolvido em um ataque planejado, embora permaneça radicalizado e convicto de sua ideologia". A defesa do criminoso também nega o envolvimento de Salah nesse caso, afirmando que ele "não é, de forma alguma, suspeito de estar envolvido, direta ou indiretamente, em qualquer complô criminoso".

No próximo dia 13 de novembro, a França lembrará os 10 anos dos atentados que mataram 137 pessoas, sendo sete terroristas, e deixaram centenas de feridos.

Com AFP

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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