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EUA e Taliban fecham pacto de redução da violência que pode levar à retirada norte-americana

14 fev 2020 - 20h28
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Os Estados Unidos chegaram a um acordo com o Taliban sobre uma redução na violência por uma semana que pode levar à retirada de soldados norte-americanos do Afeganistão, disse uma autoridade de alto escalão do governo nesta sexta-feira, alertando que os insurgentes precisam honrar os compromissos do pacto.

Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo
12/02/2020
REUTERS/Leah Millis
Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo 12/02/2020 REUTERS/Leah Millis
Foto: Reuters

O acordo foi fechado em negociações prolongadas na capital do Catar, Doha, e anunciado após uma reunião entre o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, o secretário de Defesa, Mark Esper, e o presidente afegão, Ashraf Ghani, nos bastidores da Conferência de Segurança de Munique.

Se mantido, o pacto poderá abrir caminho para um acordo até o final do mês sobre a retirada de tropas dos EUA do Afeganistão, um objetivo há muito buscado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que tem prometido acabar com as "guerras sem fim" enquanto busca a reeleição em novembro.

"Foi a violência que atrapalhou a assinatura de um acordo em setembro. Agora temos um acordo sobre a redução da violência. E, se os talibans implementarem o que se comprometeram a fazer, avançaremos com o acordo", afirmou uma autoridade sênior do governo a repórteres em Munique.

O período de sete dias ainda não começou, mas entrará em vigor em breve, segundo a fonte.

Não houve comentários imediatos do governo de Ghani ou do Taliban.

Ainda há um longo caminho a percorrer para um acordo de paz e o fim da presença militar norte-americana de quase duas décadas que começou logo após os ataques de 11 de Setembro pela Al Qaeda. Autoridades dos EUA deixaram claro que os 13.000 soldados dos EUA serão reduzidos para 8.600 este ano, com ou sem um acordo de retirada.

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