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Estados Unidos

ONGs pedem que Obama cumpra promessa e feche Guantánamo

7 out 2013 - 17h51
(atualizado às 17h54)
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Cerca de 20 organizações pró-direitos humanos, civis e religiosas enviaram nesta segunda-feira uma carta ao presidente americano, Barack Obama, para que seja cumprida a promessa de acelerar o fechamento da prisão da Base Naval de Guantánamo (Cuba).

Associações como a União pelas Liberdades Civis dos Estados Americanos (ACLU), Anistia Internacional, Human Rights Watch e o Conselho de relações islâmicos nos Estados Unidos pedem a Obama que tome medidas específicas para transferir presos e fechar o local, criado em 2002 para deter os capturados na "guerra" dos EUA contra o terrorismo.

A carta pede ao líder que nomeie um novo enviado do Departamento de Defesa para o fechamento de Guantánamo e recomenda ao secretário de Defesa, Chuck Hagel, que utilize seus poderes para acelerar a transferência de detidos que já receberam o sinal verde para abandonar a prisão.

Os signatários lembram a promessa feita por Obama em 23 de maio em discurso sobre a luta antiterrorista na Universidade de Defesa Nacional, na qual prometeu acelerar a transferência da maior parte dos presos de Guantánamo.

"Apesar de seu compromisso e envolvimento pessoal, a população carcerária de Guantánamo nos últimos quatro meses só foi reduzida em dois detidos, ao passar somente de 166 para 164", indica a carta dirigida ao presidente, que lembra que 84 deles receberam sinal verde para serem transferidos há mais de quatro anos.

Em junho, o Departamento de Estado dos EUA anunciou a nomeação de Clifford Sloan como novo enviado especial para fechar a prisão de Guantánamo, depois que esse escritório ficou deserto em janeiro.

Além disso, a Casa Branca levantou a moratória para a transferência de presos iemenitas a seu país de origem, que foi imposta por temor que se unissem a grupos islamitas.

A carta enviada hoje a Obama lembra que além de Sloan, é chave para as transferências de presos que seja nomeado um encarregado do fechamento de Guantánamo no Pentágono, que deve autorizar a saída dos presos, e que dois outros postos vagos na atualidade sejam preenchidos, entre eles o de responsável de Assuntos de Detidos.

O estado de indefinição judicial e o tratamento dos guardas levou os presos a realizar uma greve de fome de seis meses neste ano.

EFE   
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