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Rússia gera confusão com proposta de alteração da fronteira do Mar Báltico

22 mai 2024 - 09h15
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Uma proposta do Ministério da Defesa russo para revisar a fronteira marítima da Rússia no leste do Mar Báltico gerou confusão e preocupação nesta quarta-feira nos membros da Otan Finlândia, Suécia, Lituânia e Estônia.

Um esboço de decreto do Ministério da Defesa datado de 21 de maio, publicado em um portal oficial russo, propôs o ajuste da fronteira ao redor das ilhas russas na parte oriental do Golfo da Finlândia e ao redor de Kaliningrado.

Posteriormente, as três principais agências de notícias da Rússia informaram, citando uma fonte russa não identificada, que a Rússia não tinha planos de alterar a fronteira.

O Kremlin disse que não havia nada de político na proposta do Ministério da Defesa, mas que a Rússia tinha que garantir sua segurança.

Em apresentação oficial, o Ministério da Defesa disse que uma medição soviética da fronteira de 1985 usou cartas náuticas de meados do século 20 e, portanto, não correspondia totalmente às coordenadas cartográficas mais modernas.

"Não há nada de político aqui, embora a situação política tenha mudado significativamente desde então (1985)", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos repórteres.

"Você pode ver o nível de confronto, especialmente na região do Báltico."

Ele sugeriu entrar em contato com o Ministério da Defesa, que não respondeu a um pedido de comentário.

O esboço do decreto não deixou claro exatamente como a fronteira seria ajustada e se houve alguma consulta a outros Estados adjacentes ao Mar Báltico.

O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, disse à agência de notícias TT: "A Rússia não pode decidir unilateralmente sobre novas fronteiras".

O presidente finlandês, Alexander Stubb, declarou que a Rússia não havia entrado em contato, acrescentando: "A Finlândia age como sempre: com calma e baseada em fatos".

O ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, classificou a proposta como uma "escalada óbvia" contra a aliança militar da Otan liderada pelos EUA e a União Europeia. Ele disse que ela "deve ser recebida com uma resposta adequadamente firme".

O ministro das Relações Exteriores da Estônia, Margus Tsahkna, afirmou: "À primeira vista, parece ser uma noção absurda".

Em um comentário enviado por email à Reuters, ele acrescentou: "Não se pode descartar que o relato seja uma tentativa de semear confusão".

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