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Estados Unidos

O relâmpago de 768 km de comprimento que cruzou 3 estados dos EUA

Especialistas dizem que o raio que se estendeu pelo Mississippi, Louisiana e Texas foi 'extraordinário'

2 fev 2022 - 08h23
(atualizado às 09h34)
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Imagem de satélite do relâmpago da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica
Imagem de satélite do relâmpago da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica
Foto: BBC News Brasil

Um raio de quase 800 quilômetros de comprimento que iluminou o céu em três estados dos EUA bateu o recorde mundial de relâmpago mais longo, confirmaram cientistas.

O fenômeno, registrado em 2020, se estendeu por um total de 768 km, cruzando os estados do Mississippi, Louisiana e Texas, nos Estados Unidos.

O recorde anterior, de 709 km, havia sido registrado no Brasil em 2018.

Um raio raramente se estende por mais de 16 km e geralmente dura menos de um segundo.

Outro relâmpago registrado também em 2020 — desta vez no Uruguai e na Argentina — bateu um novo recorde de duração: 17,1 segundos. O recorde anterior era de 16,7 segundos.

"São recordes extraordinários para relâmpagos", afirmou o professor Randall Cerveny, relator da Organização Meteorológica Mundial (OMM) para fenômenos meteorológicos e climáticos extremos.

Segundo a OMM, ambos os registros ocorreram em áreas propensas a tempestades intensas que produzem "megarelâmpagos".

Cerveny acrescentou que é provável que existam fenômenos mais extremos — e provavelmente serão registrados no futuro, graças aos avanços na tecnologia de detecção de raios no espaço.

A OMM alertou para o perigo dos raios e fez um apelo para as pessoas — em ambas as regiões e em todo o mundo — tomarem cuidado durante as tempestades.

"Estas ocorrências de raios extremamente grandes e de longa duração não foram isoladas, ocorreram durante tempestades ativas", afirmou o especialista em raios Ron Holle em comunicado da OMM.

"Sempre que se ouve um trovão, é hora de procurar um lugar a salvo de relâmpagos".

Os "relâmpagos extremos" registrados pela OMM incluem um incidente em 1975, no qual 21 pessoas foram mortas por um único raio, enquanto se amontoavam dentro de uma barraca no Zimbábue.

Em outro incidente, 469 pessoas morreram quando um raio atingiu a cidade egípcia de Dronka em 1994, provocando uma queima de óleo que se espalhou pela cidade.

A OMM observa que os únicos locais seguros contra raios são construções "substanciais", com fiação e encanamento, em vez de estruturas como pontos de ônibus ou aquelas encontradas nas praias.

Veículos com teto de metal totalmente fechados também são considerados seguros.

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