Equador restaura parcialmente acesso de Assange à internet
Fundador do site Wikileaks vive exilado na embaixada desde 2012
As autoridades equatorianas decidiram reestabelecer parcialmente as comunicações do fundador do Wikileaks, Julian Assange, exilado na Embaixada do Equador no Reino Unido desde 2012. "O Equador disse ao diretor da publicação Wikileaks, Julian Assange, que irá pôr fim ao regime de isolamento ao qual ele está submetido", informou o Wikileaks em comunicado neste domingo (14). De acordo com a nota, a decisão de restaurar o acesso à internet foi tomada depois de uma reunião entre o alto comissário das Nações Unidas para os refugiados, Filippo Grandi, o relator especial da ONU para a liberdade de expressão, David Kaye, e o presidente do Equador, Lenín Moreno.
A medida foi classificada como "positiva" pelo editor-chefe do site, o jornalista islandês Kristinn Hrafnsson. No entanto, ele ressaltou que é "extremamente preocupante que a liberdade de expressão [de Assange] continue limitada". O fundador do Wikileaks teve as comunicações cortadas no início de março, quando foi acusado pelas autoridades equatorianas de supostas interferências em assuntos de outros países. Assange vive na embaixada do Equador em Londres desde 2012 para escapar de extradição para a Suécia, onde era acusado de abuso sexual. O australiano obteve nacionalidade equatoriana em 2017 e é procurado pelas justiças dos Estados Unidos, por vazamento de dados confidenciais do governo, e do Reino Unido, por violação das regras de sua liberdade condicional.