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Empresas norte-americanas preocupadas com impasse político sobre dívida

Grandes empresas norte-americanas estão alarmadas pelo risco de que a queda de braço política no Congresso impeça o acordo para reduzir a dívida pública federal, e que se configure o cenário de um "abismo fiscal", com uma série de cortes automáticos dos ga

24 out 2012 - 18h51
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NOVA YORK, 23 Out 2012 (AFP) -Grandes empresas norte-americanas estão alarmadas pelo risco de que a queda de braço política no Congresso impeça o acordo para reduzir a dívida pública federal, e que se configure o cenário de um "abismo fiscal", com uma série de cortes automáticos dos gastos públicos e aumento de impostos estabelecidos por lei.Lloyd Blankfein, presidente do banco de investimentos Goldman Sachs alertou recentemente no canal CNBC que o bloqueio fiscal é um problema muito sério que poderia fazer a recuperação "descarrilar".Outros banqueiros como Jamie Dimon (JPMorgan Chase) ou presidentes de empresas do setor industrial, como o presidente da General Electric, Jeffrey Immelt, multiplicaram, nos últimos dias, as advertências sobre o perigo que esta paralisia representa para a economia.As empresas norte-americanas, em plena temporada de resultados trimestrais, apresentam um cenário difícil para os próximos meses e muitas delas reduziram suas previsões para os últimos meses do ano.Algumas inclusive temem que a fragilidade da recuperação se prolongue e anunciam fechamentos de fábricas e cortes de pessoal, como a fabricante de chips AMD, as empresas químicas Dow Chemical e DuPont, a fabricante de fraldas e lenços Kimberly-Clark e até a montadora Ford.Apesar de os principais fatores desta situação serem a crise na Europa e a desaceleração na China, os executivos das multinacionais denunciam também o impacto desta paralisia fiscal nos Estados Unidos.A falta de um acordo entre parlamentares republicanos e democratas sobre a forma de reduzir a colossal dívida pública antes do fim do ano, provocaria cortes de gastos e aumentos de impostos no dia primeiro de janeiro. A consequência é uma contração de 3% a 5% do PIB, segundo analistas.Para o presidente da GE, é "a variável mais importante" que pesa sobre 2013.Segundo Dave Cote, presidente da fabricante de equipamentos industriais Honeywell, existe "potencial para uma boa reativação" nos Estados Unidos e no mundo "se o governo fizer seu trabalho e resolver o problema" da paralisia política em torno da dívida. Caso contrário, este executivo alerta para um "potencial desastre".A ameaça deste bloqueio, também conhecido como "muro orçamentário" em inglês, pesa sobre o setor bancário e congela projetos de fusões e aquisições.O setor de defesa está particularmente ameaçado.A metade dos cortes orçamentários automáticos, que alcançam 1 trilhão de dólares anuais em 10 anos, se concentram no Pentágono, que já se comprometeu a realizar cortes de 487 bilhões de dólares nesse período.Para o analista Art Hogan, estrategista de negociações da Lazard Capital Markets, nenhum setor está resguardado."É difícil para uma empresa saber o que ocorrerá no ano seguinte se não se sabe o que significa a redução da dívida em termos de impostos e gastos do governo", disse.Como consequência disso, muitas empresas congelam as contratações e investimentos em todos os setores, das finanças à indústria, passando pelos vendedores varejistas, acrescentou o economista independente Joel Naroff. "Não há razões para contratar se nos encaminhamos para uma recessão", disse.Um acordo no Congresso parece pouco provável antes das eleições presidenciais de 6 de novembro. O Legislativo, que será parcialmente renovado no mesmo dia, se reunirá novamente, a partir de meados de novembro e terá então seis semanas para chegar a um acordo.ved/sl/mr/an/mv/dm

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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