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Mundo

Em clima tenso, Bolívia realiza eleições gerais neste domingo

No entanto, resultados de boca de urna não serão mais divulgados

18 out 2020 - 10h29
(atualizado às 10h59)
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Após diversos adiamentos e em um clima de polarização intensa, a Bolívia vai às urnas neste domingo (18) para eleições gerais após toda a crise do pleito disputado em 2019 - que a esquerda chama de "golpe de Estado" e a direita de "fim de ditadura".

Eleições gerais na Bolívia ocorrem em meio ao clima tenso e polarizado
Eleições gerais na Bolívia ocorrem em meio ao clima tenso e polarizado
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Por conta da altíssima polarização entre a direita e os apoiadores do ex-presidente Evo Morales, que tem seu candidato Luis Arce liderando as pesquisas de opinião, o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) anunciou na noite deste sábado (17) que não divulgará a tradicional pesquisa de boca de urna assim que o período de votação for encerrado.

O presidente do órgão, Salvador Romero, informou que proibiu que o novo sistema Divulgação de Resultados Preliminares (Direpre) devido ao fato de que as amostras "não permitem dar segurança do conteúdo".

"O TSE efetuou, no passar das últimas semanas, testes e exercícios com o Direpre. E queremos informar ao país que os resultados das amostras não permitem dar segurança da difusão completa dos dados que ofereçam certezas ao país", acrescentou Romero.

Porém, o Direpre foi criado, justamente, para substituir o polêmico Transmissão de Resultados Preliminares (TREP) que, em outubro de 2019, demorou para soltar os números da eleição de Evo Morales para seu quarto mandato. O ex-presidente renunciou pouco tempo depois para tentar acalmar a crise política.

Sete milhões de bolivianos têm direito ao voto no país e outros cerca de 300 mil devem votar no exterior. Para ganhar em primeiro turno, um candidato precisa ter mais de 50% dos votos ou mais de 40% dos votos e uma diferença de 10% do segundo colocado.

Arce, do Movimento pelo Socialismo (MAS), e o ex-presidente de centro-direita Carlos Mesa são os principais candidatos, especialmente, depois de vários candidatos de direita terem abdicado da disputa para favorecer Mesa. A primeira pesquisa eleitoral no país tinha mostrado que Arce conseguiria vencer no primeiro turno e, por isso, os partidos de direita - que contam com o apoio dos militares - se uniram. .

Ansa - Brasil   
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