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Mundo

Dirigente indígena é morto durante protestos no Equador

Conaie diz que policial jogou bomba de gás no rosto de Guatatoca

22 jun 2022 - 12h00
(atualizado às 12h09)
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Um dirigente indígena foi morto por policiais durante uma confusão durante o nono dia de protestos contra o governo de Guillermo Lasso em Cuyo, ao sul de Quito, informa a Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) nesta terça-feira (21).

Segundo a organização, que lidera as manifestações no país, o líder indígena da etnia quíchua, Byron Guatatoca, foi atingido no rosto por uma bomba de gás lançada pelos agentes e faleceu no local.

A morte do indígena ocorreu no dia em que a Conaie e demais organizações sindicais analisavam a proposta feita pelo governo de Guillermo Lasso de criar um "comitê promotor integrado" com cerca de 300 entidades civis do país. A sugestão foi uma resposta da Presidência para a lista de 10 exigências apresentadas pela maior instituição indígena para por fim aos protestos.

O presidente da Conaie, Leonidas Iza, havia dito que para concretizar a possibilidade de diálogo era necessário que o governo revogasse o estado de emergência - estendido na segunda-feira (20) para seis províncias do país. Além disso, exigia a retirada dos policiais da Casa de Cultura e da Praça Arbolitos, em Quito, locais históricos de alojamento e reuniões dos povos indígenas equatorianos.

No entanto, após a morte de Guatatoca, Iza afirmou que "a política repressiva do governo" Lasso continua e questionou qual é o tipo de diálogo que se quer "quando se militariza as cidades e se impõe o terror da repressão".

Os protestos começaram entram no 10º dia nesta quarta-feira (22) e continuam a se espalhar pro todo o país depois de terem começado no sul do território.

A Conaie, a maior organização dos indígenas e responsável por grandes manifestações contra os últimos governos equatorianos, está protestando contra o aumento dos combustíveis, contra a exploração de minerais em terras indígenas e pedindo por melhorias econômicas por conta na queda de renda e na falta de emprego para a população. .

Ansa - Brasil   
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