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Diretor do FBI diz não ver evidência de interferência da Casa Branca em investigação sobre Rússia

7 set 2017 - 19h33
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O diretor do FBI, Christopher Wray, disse nesta quinta-feira não ter detectado "qualquer rastro de interferência" da Casa Branca em uma investigação em curso sobre envolvimento russo na eleição presidencial de 2016.

Falando publicamente pela primeira vez desde que foi confirmado como chefe do Federal Bureau of Investigation, Wray também expressou confiança em Robert Mueller, conselheiro especial que investiga se a campanha do presidente Donald Trump conspirou com a Rússia durante a eleição.

"Posso dizer com muita confiança que eu não detectei qualquer rastro de interferência nesta investigação", disse Wray durante um painel de discussões na Cúpula de Inteligência e Segurança Nacional, em Washington.

Wray foi nomeado diretor do FBI após seu antecessor, James Comey, ser demitido por Trump em maio. Em entrevista à NBC após a demissão de Comey, Trump admitiu estar pensando na "questão da Rússia" quando decidiu demitir o então chefe do FBI.

Comey disse posteriormente ao Congresso que acreditava que Trump havia tentado fazê-lo abandonar a investigação do FBI sobre o ex-assessor de segurança nacional Michael Flynn, como parte de uma investigação mais ampla sobre a Rússia - testemunho que levantou dúvidas sobre se Trump estava possivelmente tentando obstruir a Justiça.

A Casa Branca negou repetidamente que a campanha de Trump conspirou com a Rússia na eleição.

Assessores e aliados de Trump também questionaram a independência e credibilidade de Mueller, com alguns destacando que ele contratou advogados que deram doações políticas aos democratas.

Mas Wray disse ter "enorme respeito" por Mueller, que também é ex-diretor do FBI. Ele destacou que Mueller está cuidando da investigação, mas disse que o FBI está auxiliando ao dedicar agentes e apoiar de outras formas a investigação.

Wray também reiterou sua confiança em um relatório de janeiro ,compilado por agências da inteligência dos EUA, que concluiu que a Rússia havia interferido na eleição de 2016 e tentou incliná-la a favor de Trump - uma conclusão que Trump questiona frequentemente.

Antes de sua confirmação como diretor do FBI, Wray só havia lido uma versão não confidencial do relatório.

"Não tenho razão para duvidar das conclusões a que chegaram as pessoas muito trabalhadoras", disse Wray.

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