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Direita vence eleição em Abruzzo e pressiona M5S

Marco Marsilio foi eleito governador da região

11 fev 2019 - 08h08
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Era tudo o que o ministro Matteo Salvini poderia querer: uma vitória acachapante da coalizão de direita e uma dura derrota do partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) nas eleições regionais em Abruzzo, no centro da Itália.

    Com cerca de 48% dos votos, o senador Marco Marsilio, do partido de extrema direita Irmãos da Itália (FDI) e apoiado pela ultranacionalista Liga e pelo conservador Força Itália (FI), foi eleito neste domingo (10) governador de Abruzzo, tirando a região das mãos da centro-esquerda.

    Giovanni Legnini, que aparecia em terceiro nas pesquisas, levou o Partido Democrático (PD) à segunda posição, com 31%, à frente de Sara Marcozzi, do M5S, com 20%. O candidato do movimento neofascista CasaPound, Stefano Faljani, obteve 0,47%.

    "Obrigado, Abruzzo! Obrigado, Itália. Mais forte que os ataques, que as mentiras e que as polêmicas", comemorou Salvini no Twitter. A Liga foi o partido mais votado individualmente, com 27,5%, à frente do M5S (19,6%) e do PD (11,1%). "Com esta equipe, daremos um futuro para Abruzzo. Obrigado a todos os partidos da coalizão", disse Marsilio.

    As eleições tiveram afluência de 53,12% do eleitorado, uma queda significativa em relação aos 61,55% de 2014, mas o resultado aumenta a pressão sobre o M5S. O movimento antissistema é o "acionista de maioria" no governo de coalizão com a Liga, mas viu sua popularidade cair 10 pontos e a de Salvini disparar desde as eleições legislativas de 2018.

    Quem está de olho nesse cenário são os outros partidos de direita, que fazem oposição em âmbito nacional, mas buscam uma oportunidade de convencer o ministro do Interior a romper sua aliança de ocasião com o M5S para se juntar novamente à coalizão conservadora.

    "Para o Movimento 5 Estrelas, é uma derrota sonora. Seu apoio caiu pela metade porque o povo percebeu a distância entre o que se diz e o que se é capaz de fazer. É uma mensagem clara dos cidadãos", disse a presidente do FDI, Giorgia Meloni. É a primeira vez que o partido, que mantém laços históricos com o Movimento Social Italiano (MSI), herdeiro do fascismo, conquista o governo de uma região no país.

    "Meus parabéns a Marco Marsilio e a todos os militantes do FI. É um grande sucesso que abre uma página nova para Abruzzo e um momento importante para o futuro da centro-direita e da política italiana. Abruzzo confirmou mais uma vez: a centro-direita é a maioria natural entre os eleitores", afirmou o presidente do Força Itália, Silvio Berlusconi.

    Passada a eleição em Abruzzo, os olhos se voltam agora para a Sardenha, que também pode sair das mãos do PD para a coalizão de direita. O pleito será em 24 de fevereiro, e será a primeira vez que a Liga se candidata na ilha, apoiando Christian Solinas, secretário do Partido Sardo de Ação.

Ansa - Brasil   
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