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Democratas exigem investigação sobre Trump no caso Stone; republicanos ignoram

12 fev 2020 - 19h14
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Parlamentares republicanos descartaram nesta quarta-feira pedidos para investigar possíveis interferências políticas no Departamento de Justiça dos Estados Unidos, depois que a agência solicitou um período de prisão mais leve para o conselheiro de longa data do presidente Donald Trump, Roger Stone.

Trump fala em Washington 12/2/2020 REUTERS/Tom Brenner
Trump fala em Washington 12/2/2020 REUTERS/Tom Brenner
Foto: Reuters

A decisão do Departamento de Justiça de recuar em sua recomendação de sentença de 7 a 9 anos para o representante republicano provocou turbulência em Washington e levou todos os quatro promotores a desistirem do caso e um deixou a agência.

"Deveria haver uma investigação", disse a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, principal democrata do Congresso. Outros democratas acusaram Trump de expulsar do governo dos EUA aqueles considerados inimigos após sua absolvição em julgamento de impeachment na semana passada.

Eles disseram que questionariam o secretário de Justiça, William Barr, sobre o assunto quando ele prestar depoimento no Congresso em 31 de março.

"Você tomou medidas que levantam sérias questões sobre sua liderança no Departamento de Justiça", escreveram os membros democratas do Comitê Judiciário da Câmara a Barr em uma carta.

Parlamentares republicanos, que quase em sua totalidade votaram para absolver Trump de acusações de impeachment, fizeram críticas discretas ao presidente, mas ignoraram as sugestões de que deveriam investigar se as preocupações políticas dele estavam influenciando a aplicação da lei.

"Duvido que se faça muito", disse Mitt Romney, o único senador republicano a votar para destituir Trump do cargo no julgamento de impeachment.

Após a decisão do Departamento de Justiça, Trump elogiou Barr nesta quarta-feira por "assumir o comando de um caso que estava totalmente fora de controle e talvez nem devesse ter sido trazido".

Stone deverá conhecer sua sentença em 20 de fevereiro depois de ser considerado culpado em novembro por sete acusações de mentir ao Congresso, obstrução e manipulação de testemunhas decorrente de uma investigação do governo a respeito da intromissão russa na eleição presidencial de 2016 nos EUA.

Stone e seus advogados não conversaram com Trump sobre os últimos desenvolvimentos do caso, segundo duas fontes familiarizadas com o assunto.

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