PUBLICIDADE

Mundo

Conheça seis fontes de renda do Estado Islâmico

Doações, sequestros e até escravidão estão entre os meios que permitem que o IE seja organização jihadista mais rica do mundo

19 nov 2015 - 16h33
(atualizado às 17h31)
Compartilhar
Exibir comentários
O grupo diz controlar uma área equivalente ao território do Reino Unido no Iraque e na Síria, a qual chama de "califado"
O grupo diz controlar uma área equivalente ao território do Reino Unido no Iraque e na Síria, a qual chama de "califado"
Foto: BBC / BBCBrasil.com

Acredita-se que grupo extremista autodenominado Estado Islâmico, que assumiu a autoria da série de atentados que matou pelo menos 129 pessoas em Paris, seja, atualmente, a organização jihadista mais rica do mundo.

Siga Terra Notícias no Twitter

O grupo diz controlar uma área equivalente ao território do Reino Unido no Iraque e na Síria, a qual chama de "califado". Mas de onde vem o dinheiro que abastece o EI? Quem financia o grupo extremista?

1. Doações

Foto: BBC / BBC News Brasil

Doadores privados e instituições de caridade islâmicas no Oriente Médio ─ principalmente na Arábia Saudita e no Catar ─ foram as primeiras fontes de renda do grupo extremista.

Os benfeitores sunitas doavam ao EI para tirar o presidente sírio, Bashar al-Assad, do poder. Assad é alauíta, uma outra corrente do islã.

Embora o dinheiro dessas fontes ainda financie a viagem de combatentes internacionais para Síria e Iraque, nos últimos tempos, o grupo vem majoritariamente se autofinanciando.

2. Petróleo

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos estima que, no ano passado, o EI tenha ganhado milhões de dólares por semana, ou US$ 100 milhões (R$ 377 milhões) no total, da venda de petróleo e derivados a intermediários. O combustível é vendido à Turquia e ao Irã, ou ao próprio governo sírio.

Mas ataques aéreos contra a infraestrutura do grupo extremista, como refinarias, por exemplo, vêm diminuindo essa fonte de recursos.

3. Sequestros

Os sequestros promovidos pelo grupo geraram pelo menos US$ 20 milhões (R$ 75 milhões) em recompensas pagas em 2014.

Um desertor diz que o EI tem um departamento inteiramente dedicado a realizar sequestros, conhecido como "Aparato de Inteligência". Jornalistas estrangeiros são os principais alvos.

O sequestro também serve como uma ferramenta de propaganda valiosa para a organização.

4. Roubo, pilhagem e extorsão

Outra fonte de renda do EI é a extorsão praticada contra milhões de pessoas que vivem em áreas sob seu controle total ou parcial, de acordo com o Departamento do Tesouro americano.

Os pagamentos são feitos por aqueles que atravessam o território ou mantêm negócios ali, ou mesmo moradores, em troca de serviços ou "proteção" por parte do grupo extremista.

O EI também se financia por meio de assaltos a bancos, pilhagem e venda de antiguidades, e roubos de colheitas ou gado.

5. Imposto sobre minorias religiosas

As minorias religiosas são forçadas a pagar um imposto especial, chamado de "jizya".

Um comunicado divulgado pelo EI em mesquitas da cidade iraquiana de Mossul, no norte do país, no ano passado, convocava os cristãos a se converter ao islamismo, pagar a jizya ou enfrentar a morte. "Vocês têm três opções: (aderir ao) islã, o contrato dhimma – que envolve o pagamento da jizya -, ou a espada", dizia o comunicado.

6. Escravidão

O Estado Islâmico também obtém receita ao vender meninas e mulheres sequestradas como escravas sexuais.

Quando o grupo extremista tomou a cidade de Sinjar, no norte do Iraque, a minoria religiosa yazidi disse que milhares de meninas e mulheres foram aprisionadas e muitas usadas como escravas sexuais.

Na ocasião, uma mulher yazidi, Hannan, disse ter escapado do "EI". Em entrevista à BBC, ela afirmou ter sido levada junto a outras 200 meninas e mulheres a um mercado de escravas sexuais, onde combatentes do grupo extremista faziam lances por elas, numa espécie de leilão informal.

A vida em Paris após os ataques de 13 de Novembro:
BBC News Brasil BBC News Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC News Brasil.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade