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Com saída dos EUA, Manbij, na Síria, prepara-se para revoltas

30 dez 2018 - 13h17
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A cidade de Manbij trocou de comando mais do que a maioria dos lugares na guerra civil da Síria.

Com as tropas norte-americanas prontas para partir após a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirá-las, os moradores temem que outros se apressarão para preencher o vácuo, causando mais revoltas: as forças do governo sírio se instalaram nas proximidades, enquanto a Turquia está ameaçando realizar seu próprio ataque à cidade.

As forças norte-americanas sustentaram a estabilidade em Manbij desde a derrota do Estado Islâmico na área em 2016.

A 30 quilômetros da fronteira turca, a região ocupa um ponto crítico no mapa do conflito sírio, perto da junção de três blocos de territórios separados, que formam esferas de influência russa, turca e, por enquanto, norte-americana.

Embora as forças norte-americanas ainda não tenham ido embora, as consequências da decisão de Trump já são perceptíveis em Manbij.

Forças do governo sírio apoiadas pela Rússia entraram na periferia na sexta-feira pela primeira vez em anos a convite da milícia curda YPG, temendo que a partida dos EUA possa abrir caminho para um ataque turco.

"Vivemos com medo nos últimos dias e não sabemos o que está acontecendo e quem vai entrar na cidade", disse Ismail Shaalan, de 41 anos, que vive em Manbij desde que fugiu da área de Aleppo há dois anos.

"São os turcos ou os sírios?"

Trump disse que a retirada será lenta. Jatos da coalizão liderada pelos EUA e helicópteros de ataque ainda podem ser vistos nos céus de Manbij.

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