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China realiza exercícios militares em torno de Taiwan em resposta à posse de novo presidente

23 mai 2024 - 08h54
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A China iniciou nesta quinta-feira uma série de exercícios militares em torno de Taiwan, no que disse ser uma resposta a "atos separatistas" na ilha, enviando aviões de guerra fortemente armados e realizando ataques simulados, enquanto a mídia estatal denunciava o recém-empossado presidente taiuanês Lai Ching-te.

Os exercícios, no Estreito de Taiwan e em torno de ilhas controladas por Taiwan ao lado da costa chinesa, ocorrem apenas três dias após a posse de Lai, um homem que Pequim classifica como "separatista".

A China, que considera Taiwan como seu próprio território, criticou o discurso de posse de Lai na segunda-feira, no qual ele pediu que a China pare com suas ameaças, afirmando que os dois lados do estreito "não são subordinados um ao outro".

Na terça-feira, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, chamou Lai de "vergonhoso".

Lai tem proposto diversas vezes a realização de conversas com a China, mas tem sido rejeitado. Ele afirma que somente o povo de Taiwan pode decidir seu futuro e rejeita as reivindicações de soberania de Pequim.

O Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação do Povo Chinês disse que havia iniciado exercícios militares conjuntos, envolvendo o Exército, a Marinha, a Força Aérea e a Força de Foguetes, em áreas próximas a Taiwan durante a manhã.

Os exercícios estão sendo realizados no Estreito de Taiwan, no norte, no sul e no leste de Taiwan, bem como nas áreas ao redor das ilhas de Kinmen, Matsu, Wuqiu e Dongyin, disse o comando em um comunicado, a primeira vez que os exercícios chineses incluíram áreas ao redor dessas ilhas.

A mídia estatal disse que a China enviou dezenas de caças com mísseis e realizou ataques simulados, junto de navios de guerra, contra alvos militares de alto valor.

O Ministério da Defesa de Taiwan disse que 15 navios da Marinha chinesa, 16 da Guarda Costeira e 33 aeronaves estavam envolvidos, mas nenhum exercício de fogo real foi realizado em qualquer área próxima a Taiwan.

Os exercícios estão programados para durar dois dias. 

O Ministério da Defesa de Taiwan condenou as atividades, dizendo que havia enviado forças para áreas ao redor da ilha, com suas defesas aéreas e forças de mísseis terrestres rastreando alvos, e acrescentando que está confiante de que pode proteger seu território.

O gabinete presidencial de Taiwan lamentou que a China esteja ameaçando as liberdades democráticas da ilha e a paz e estabilidade regionais com suas "provocações militares unilaterais", mas disse que Taiwan pode garantir sua segurança.

A emissora estatal da China, CCTV, disse que o discurso de posse de Lai foi "extremamente prejudicial" e que as contramedidas da China são "legítimas, legais e necessárias".

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