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China nega acusações de ataque hacker contra fabricantes de vacinas da Índia

2 mar 2021 - 18h12
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A China rejeitou nesta terça-feira a alegação de uma empresa de inteligência cibernética de que um grupo de hackers apoiado pelo governo chinês tivesse como alvo os sistemas de TI de dois fabricantes indianos de vacinas contra o coronavírus.

Dose da vacina da Bharat Biotech
16/01/2021
REUTERS/Adnan Abidi
Dose da vacina da Bharat Biotech 16/01/2021 REUTERS/Adnan Abidi
Foto: Reuters

A Cyfirma disse à Reuters que o grupo de hackers APT10, conhecido como Stone Panda, identificou lacunas e fragilidades na infraestrutura de TI e no software da cadeia de suprimentos da Bharat Biotech e do Instituto Serum, o maior fabricante mundial de vacinas.

"Sem mostrar nenhuma evidência, a parte relevante fez especulações infundadas, distorceu e inventou fatos para difamar um ente específico", disse o Ministério das Relações Exteriores da China à Reuters.

"Este comportamento é irresponsável e tem segundas intenções. A China se opõe firmemente a isso", acrescentou a pasta em resposta por escrito a perguntas sobre as alegações da Cyfirma. Questionada sobre o comentário da China, a Cyfirma, empresa apoiada por investidores como Goldman Sachs, disse em um comunicado: "Mantemos nossas descobertas e pesquisas".

O Serum não quis comentar. A Bharat Biotech, que disse na segunda-feira não comentar sobre assuntos relacionados a hackers, não fez comentários na terça-feira.

O gabinete do diretor-geral da Equipe de Resposta a Emergências em Computadores da Índia disse à Reuters na segunda-feira que o assunto do ataque foi entregue ao seu diretor de operações, e não deu mais detalhes.

O Serum está produzindo a vacina da AstraZeneca para muitos países, inclusive o Brasil, e em breve começará a fabricar a Novavax, enquanto a Bharat Biotech planeja exportar sua vacina Covaxin para dezenas de países, como Brasil e Filipinas.

China e Índia já venderam ou doaram vacinas contra Covid-19 a muitos países. A Índia produz mais de 60% de todas as vacinas vendidas no mundo.

As relações entre os vizinhos com armas nucleares azedaram em junho, quando 20 soldados indianos e quatro chineses morreram em confronto na fronteira do Himalaia. Negociações recentes aliviaram a tensão e o Ministério de Relações Exteriores da China disse que ambos os lados estão trabalhando para salvaguardar a paz na região da fronteira.

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