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Chefes de Estado estão em Pequim para cúpula sobre infraestrutura

14 mai 2017 - 13h19
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Chefes de Estado e de Governo já estão em Pequim para participar do Fórum do Cinturão e da Rota para a Cooperação Internacional (Belt and Road Forum for International Cooperation, em inglês) que visa a aumentar o investimento em projetos de infraestrutura em países da Ásia, da Europa e da África.

O evento, que tem início amanhã (14) e deve contar com a presença de quase 30 líderes mundiais, é o mais importante desde que a iniciativa Um Cinturão, Uma Rota (One Belt, One Road) foi lançada em 2013 pelo presidente chinês, Xi Jinping.

Os líderes começaram a chegar à capital chinesa na quinta-feira (11) para participar do fórum e fazer visitas de Estado. Os primeiros-ministros da Espanha, Mariano Rajoy, e da Grécia, Alexis Tsipras, e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, são alguns dos chefes de Estado e de Governo que já estão em Pequim. Os presidentes da Argentina, Mauricio Macri, e do Chile, Michelle Bachelet, são os únicos líderes da América Latina que vão participar do evento.

A ideia da iniciativa chinesa é promover uma rede de infraestrutura, comércio e cooperação econômica ao longo dos mais de 60 países que compõem o que Pequim pretende estabelecer como uma Nova Rota da Seda, revivendo no século 21 as rotas milenares que conectavam o Ocidente e o Oriente.

O governo tem enfatizado que a iniciativa não foi proposta para beneficiar apenas a China. Nos documentos e declarações, as autoridades têm ressaltado que o objetivo é promover desenvolvimento mútuo e compartilhado com os países que quiserem participar dessa nova articulação internacional.

"A iniciativa Um Cinturão, Uma Rota é aberta e inclusiva. Damos as boas-vindas para que todas as partes [do mundo] participem", disse ontem (12), em entrevista coletiva, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, após ser perguntado sobre a participação da delegação norte-americana no fórum.

Nova Rota da Seda

A iniciativa é composta pelo Cinturão Econômico da Rota da Seda, que busca ligar a China por meio de ferrovias e rodovias aos países da Ásia, da Europa e da África, e pela Rota da Seda Marítima do Século 21, cujo foco são os investimentos em modernização de portos nas regiões abrangidas pela proposta chinesa.

Para apoiar as obras de transporte, energia e telecomunicações, foi estabelecido em 2014 o Fundo da Rota da Seda, com US$ 40 bilhões de recursos. Além do fundo, em 2015, a China criou o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura que, segundo o governo, já aprovou financiamento para projetos no valor de US$ 1,7 bilhão.

Fórum

As discussões da reunião de alto nível deverão se concentrar nas áreas de obras em infraestrutura, investimento industrial, cooperação econômica, comercial, financeira e marítima, recursos energéticos, intercâmbio cultural e meio ambiente. A expectativa do governo chinês é que sejam firmados cerca de 50 acordo de cooperação.

Além de líderes mundiais, são esperados o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

O embaixador do Brasil na China, Marcos Caramuru, e o secretário especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Hussein Ali Kalout, vão representar o Brasil no fórum internacional.

*A repórter viajou a convite do Centro de Imprensa China-América Latina e Caribe

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Agência Brasil Agência Brasil
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