Casos da 'síndrome de Havana' não foram causados por governos
Apenas 20 das mais de mil notificações ainda não têm explicação
A Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) concluiu que a imensa maioria dos relatos da "síndrome de Havana" pode ser explicada por razões diversas que não incluem um ato intencional provocado por governos estrangeiros.
Dos mais de mil casos reportados desde 2016, apenas 20 ainda estão sendo investigados por não terem causas aparentes.
Há cerca de sete anos, começaram os relatos de diplomatas norte-americanos - e até de alguns canadenses - de dores de cabeças fortes, náuseas e sons "muito agudos" enquanto estavam na capital de Cuba.
Em 2020, o então governo de Donald Trump afirmou que esse mal-estar era provocado por "radiações provocadas por micro-ondas" e acusava o governo cubano e até da Rússia de estarem por trás disso. Mas, a situação não ocorreu apenas em Havana, com diplomatas norte-americanos relatando os mesmos problemas na Austrália, China, Áustria, Colômbia, Alemanha e Rússia.
Porém, o relatório da CIA apontou que praticamente todos os casos tiveram "explicações plausíveis e alternativas" que não ações de governos, como doenças ainda não sabidas pelos denunciantes ou situações de aclimatação nos países.
"Mesmo se nós atingimos resultados significativos, não terminamos ainda. Continuaremos a missão para investigar esses incidentes e fornecer atendimento e tratamento no mundo para aqueles que precisarem", disse o diretor da CIA, William J. Burns, ao jornal "The New York Times". .