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Bielorrússia liberta vencedor do Prêmio Nobel Bialiatski e ícone da oposição Kalesnikava; EUA aliviam sanções

13 dez 2025 - 11h41
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O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, libertou 123 prisioneiros neste sábado, incluindo o ganhador do Prêmio Nobel da Paz Ales Bialiatski e a ícone da oposição Maria Kalesnikava, após dois dias de negociações com um enviado do presidente norte-americano, Donald Trump, segundo um comunicado dos Estados Unidos.

Em contrapartida, os EUA concordaram em suspender as sanções à potassa bielorrussa. A potassa é um componente essencial dos fertilizantes, e o antigo país soviético é um dos principais produtores mundiais.

A libertação de prisioneiros foi de longe a maior realizada por Lukashenko desde que o governo Trump iniciou negociações este ano com o veterano líder autoritário, um aliado próximo do presidente russo, Vladimir Putin.

Bialiatski, um dos vencedores do Prêmio Nobel da Paz de 2022, é um ativista dos direitos humanos que lutou durante anos em defesa dos presos políticos antes de se tornar um deles. Ele estava preso desde julho de 2021.

Também foram libertados Kalesnikava, líder dos protestos em massa contra Lukashenko em 2020, e Viktar Babaryka, que foi preso naquele ano enquanto se preparava para concorrer contra o presidente nas eleições.

Tatsiana Khomich, irmã de Kalesnikava, disse à Reuters que falou com ela por telefone. "Ela me disse que está muito feliz por ter sido libertada, que é grata aos EUA e a Trump pelos seus esforços em liderar o processo, e a todos os países envolvidos."

Autoridades norte-americanas disseram à Reuters que o diálogo com Lukashenko faz parte de um esforço para afastá-lo da influência de Putin, pelo menos em certa medida -- um esforço que a oposição bielorrussa, até agora, tem encarado com extremo ceticismo.

O enviado de Trump, John Coale, havia declarado anteriormente a repórteres em Minsk: "conforme as instruções do presidente Trump, nós, os Estados Unidos, iremos suspender as sanções sobre a potassa".

Os Estados Unidos e a União Europeia impuseram amplas sanções à Bielorrússia depois que Minsk lançou uma violenta repressão contra os manifestantes após uma eleição contestada em 2020, prendendo quase todos os opositores de Lukashenko que não fugiram para o exterior.

As sanções foram reforçadas depois que Lukashenko permitiu que a Bielorrússia servisse de base para a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.

A oposição bielorrussa exilada expressou gratidão a Trump e afirmou que o fato de Lukashenko ter concordado em libertar prisioneiros em troca de concessões sobre a potassa era uma prova da eficácia das sanções.

A oposição tem afirmado consistentemente que vê a aproximação de Trump com Lukashenko como um esforço humanitário, mas que as sanções da UE devem permanecer em vigor.

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