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China faz cerimônia discreta em memória do Massacre de Nanquim, apesar das tensões com Japão

13 dez 2025 - 12h39
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A China realizou neste sábado uma cerimônia discreta em memória do Massacre de Nanquim de 1937, sem a presença do presidente Xi Jinping, apesar da crise diplomática entre Pequim e Tóquio sobre Taiwan.

Pequim reagiu com fúria a Tóquio desde que a primeira-ministra Sanae Takaichi afirmou, no mês passado, que um hipotético ataque chinês a Taiwan, reivindicado pela China, poderia desencadear uma resposta militar do Japão.

A China e o Japão têm divergido há muito tempo sobre sua história dolorosa. A China constantemente relembra seu povo do Massacre de Nanquim de 1937, no qual, segundo ela, tropas japonesas mataram 300 mil pessoas naquela que era então sua capital.

Um tribunal aliado pós-Segunda Guerra Mundial estimou o número de mortos na cidade de Nanquim em 142.000, mas alguns políticos e acadêmicos conservadores japoneses negaram que qualquer massacre tenha ocorrido.

CERIMÔNIA

Na cerimônia deste sábado, realizada no centro memorial nacional em Nanquim, Shi Taifeng, chefe do poderoso departamento de organização do Partido Comunista, fez referência ao discurso de Xi Jinping em um desfile militar em Pequim, em setembro, marcando os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial.

Mas as declarações de Shi foram muito menos combativas do que a retórica recente de autoridades do governo chinês.

"A história demonstrou plenamente que a nação chinesa é uma grande nação que não teme nenhum poder e se mantém de pé por si mesma", disse.

Ele não mencionou Takaichi, mas fez alusão às alegações anteriores da China de que ela busca reviver o histórico militarista do Japão.

"A história provou e continuará a provar que qualquer tentativa de reviver o militarismo, desafiar a ordem internacional do pós-guerra ou minar a paz e a estabilidade mundiais jamais será tolerada por todos os povos amantes da paz e da justiça ao redor do mundo, e está fadada ao fracasso."

Após a cerimônia, que durou menos de meia hora e contou com a presença de policiais e crianças em idade escolar, pombas sobrevoaram o local.

A China realizou seu primeiro dia nacional em memória do massacre em 2014, ocasião em que Xi discursou e pediu que China e Japão deixassem de lado o ódio e não permitissem que a minoria que levou o Japão à guerra afetasse as relações agora.

Xi compareceu pessoalmente ao evento pela última vez em 2017, mas não fez declarações públicas.

O Gabinete de Informação do Conselho de Estado da China, responsável por responder às perguntas da imprensa estrangeira ao governo central, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre a ausência de Xi.

Ainda assim, neste sábado, o Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular da China publicou em suas redes sociais uma foto de uma grande espada ensanguentada, do tipo usado por muitos soldados chineses durante a guerra, decepando a cabeça de um esqueleto que usava um boné do exército japonês.

"Por quase mil anos, os anões orientais trouxeram calamidades; o mar de sangue e o ódio profundo ainda estão diante de nossos olhos", disse, usando uma antiga expressão para se referir ao Japão.

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