Barco detido em meio a impasse sobre imigração na Europa leva centenas à Espanha
Imigrantes recusados pela Itália e por Malta chegaram ao porto espanhol de Valência neste domingo, encerrando uma odisseia mediterrânea que se tornou simbólica da falência da Europa em concordar sobre imigração.
A Espanha se apresentou para ajudar 629 pessoas, em sua maioria africanos da região sub-saariana, a bordo do navio Aquarius na semana passada depois que o novo governo da Itália, confirmando suas credenciais anti-imigração, negou a permissão para desembarque. O primeiro ministro da Espanha, Pedro Sanchez, que assumiu o cargo há duas semanas, aproveitou a oportunidade para apresentar uma postura mais liberal.
Mas a difícil situação do Aquarius, administrado pelos Médicos Sem Fronteiras e a organização de caridade franco-alemã SOS Mediterrâneo, sublinha a luta da União Europeia em gerenciar um fluxo de pessoas fugindo da pobreza e de conflitos.
Homens, mulheres e crianças que passaram nove dias no Aquarius, depois de seu resgate na costa da Líbia, comemoraram a aproximação de Valência, quando foram encontrados por funcionários com máscaras e trajes brancos, antes que a polícia processasse seus dados.
O grupo chegou em três diferentes embarcações, depois de alguns serem transferidos para dois navios italianos de modo a tornar a viagem mais segura.