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Ásia

Em meio a protestos, Merkel estuda fechar até 3 usinas atômicas

15 mar 2011 - 04h24
(atualizado às 05h07)
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A chanceler alemã, Angela Merkel, estuda nesta terça-feira com os cinco chefes de governo dos estados do país que contam com usinas nucleares o possível fechamento imediato de até três centrais atômicas como consequência da catástrofe que o Japão vem enfrentando.

A reunião na Chancelaria Federal acontece um dia depois de Merkel anunciar uma moratória de três meses para a lei aprovada por seu governo para prolongar a vida das usinas nucleares em até 14 anos além do previsto inicialmente.

As usinas que podem ser fechadas são as de Neckerwestheim I, em Baden-Württemberg, e Isar I, na Baviera, ambas no sul do país, além da de Biblis I, a mais antiga da Alemanha, situada em Hesse, na região central.

A chanceler alemã adiantou na segunda-feira o possível fechamento das usinas atômicas com tecnologia obsoleta e ressaltou que a medida não afetaria a provisão elétrica da Alemanha, onde 25% da energia vem deste tipo de fonte.

A oposição alemã acusa o governo de Merkel de atuar por meros motivos eleitoreiros, perante o pleito regional deste fim de semana na Saxônia-Anhalt e na próxima semana na Renânia-Palatinado e em Baden-Württemberg, onde as pesquisas eleitorais não lhe eram favoráveis.

Em Baden-Württemberg, onde a União Democrata-Cristã (CDU) governa ininterruptamente desde a Segunda Guerra Mundial, mais de 60 mil pessoas participaram durante o fim de semana de uma manifestação para exigir o fechamento da central de Neckerwestheim.

Enquanto isso, uma enquete publicada nesta terça-feira pelo instituto Infratest-dimap revela que 70% dos alemães consideram que um acidente como o da usina japonesa de Fukushida é possível na Alemanha.

Dos ouvidos, 60% exigem o abandono da energia nuclear o mais rápido possível, e 53% querem o fechamento imediato de todas as usinas nucleares na Alemanha, que conta com 17 reatores em atividade.

Segundo números das organizações ambientalistas, mais de 100 mil pessoas se manifestaram na noite de segunda-feira em cerca de 450 pontos da Alemanha para exigir o fim da energia nuclear.

EFE   
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