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Argentino preso no Maracanã por racismo já viralizou na web por rebelião em presídio

Policial militar relatou que Alejandro Fresenga o chamou de "macaquito" e fez gestos direcionados a ele imitando um macaco

10 ago 2023 - 12h32
(atualizado às 14h11)
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Alejandro durante rebelião em presídio em 2020
Alejandro durante rebelião em presídio em 2020
Foto: Reprodução/SBT/Band

Alejandro Ivan Fresenga Umpierrez está entre os três argentinos presos suspeitos por racismo no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, na noite de terça-feira, 8, após partida partida do Fluminense com o Argentinos Juniors pela Libertadores. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) informou ao Terra, os três passaram por uma audiência de custódia e vão responder ao processo em liberdade.

Além de Alejandro, Maria Veronica Zampolini também foi presa por discriminação racial. Já Diego Esteban Gonzalez foi flagrado por discriminação racial e crime de dano. No entanto, de acordo com a TV Globo, eles estão proibidos de deixar o País.

O TJ-RJ informou que, no total, quatro torcedores argentinos foram detidos em flagrante e levados ao posto do Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos. O quarto torcedor, Ricardo Oscar Estevez foi detido por crime de dano. No Juizado, foi homologado acordo e pagamento de multa. 

Alejandro já viralizou por rebelião em presídio 

Segundo informações do telejornal RJTV 2ª Edição, da TV Globo, um policial militar relatou em depoimento que foi ofendido pelo torcedor Alejandro Fresenga com palavras como "macaquito" e gestos que imitavam um macaco. Fresenga, inclusive, já é conhecido na Argentina.

Conforme o telejornal Primeiro Impacto, do SBT, ele ficou "famoso" após participar de uma rebelião no presídio na Villa Devoto, em Buenos Aires, no dia 24 de abril de 2020. À época, a semelhança física dele com o personagem Pantera, da série El Marginal, fez com que as imagens da rebelião viralizassem nas redes sociais. 

Na ocasião, os presos afirmavam que necessitavam de medidas mais eficazes contra a covid-19. Ao sair da cadeia, Alejandro afirmou que estava preso por tráfico de drogas. 

O Terra tenta localizar a defesa de Alejandro e dos outros argentinos presos. O espaço segue aberto para manifestações. 

Confusão em estádio

Ao Terra, a Polícia Militar informou que ocorreu uma confusão generalizada na torcida visitante, situada no Setor Norte Superior do Maracanã. Inicialmente, houve a intervenção de seguranças do estádio, onde um dos profissionais foi agredido. Em seguida, equipes do Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (BEPE) intervieram e uma policial também foi agredida.

Segundo a PM, foi necessário o emprego de armamento de menor potencial letal para estabilizar o local. Dois torcedores argentinos foram detidos pelos policiais e conduzidos à Vara de Execuções Penais (VEP) do estádio. Ainda durante o tumulto, uma torcedora argentina foi presa em flagrante pelo crime de racismo.

No setor Leste superior, um torcedor foi preso acusado de ter agredido uma funcionária de um dos bares do estádio, também sendo apresentado à VEP.

Segundo reportagem da TV Globo, um segurança afirmou na delegacia que a confusão começou quando um torcedor argentino jogou um copo com liquído na torcida do Fluminense. Segundo o relato, os seguranças que vieram retirá-lo foram agredidos e um deles foi ferido no supercílio por uma lata arremessada. 

Torcedores, no entanto, relatam que após o início da confusão a Polícia Militar apareceu e reagiu com violência. Vídeos divulgados pelo RJ 2ª edição mostram um torcedor sendo agredido com cacetetes, sem apresentar reação, e outras imagens mostram a polícia disparando diversas vezes com balas de borracha. 

Fonte: Redação Terra
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