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Moraes entra como 'herói' em lista de mais influentes do ano

Seleção foi divulgada pelo jornal britânico 'Financial Times'

5 dez 2025 - 13h41
(atualizado às 14h13)
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi incluído pelo jornal britânico "Financial Times" entre os 25 nomes mais influentes do ano, em lista divulgada nesta sexta-feira (5).

A relação é dividida em três categorias - "criadores", "líderes" e "heróis" -, e o magistrado é o único brasileiro listado. Ele integra o grupo "heróis" ao lado de outros seis nomes: a atriz e ativista norte-americana Jane Fonda; a escritora canadense Margaret Atwood; o golfista profissional Rory Mcllroy; a líder e influenciadora Lotte Bjerre Knudsen; o executivo de automobilismo Zak Brown; e a criadora de conteúdo e educadora infantil Rachel Griffin Accurso, a Ms Rachel.

"A lista reúne pessoas dos mundos da política, negócios, mídia, artes e esportes, cujo talento, descobertas, ideias e exemplos estão transformando o mundo em que vivemos. E convidamos as pessoas mais influentes em seus setores, além de fãs de diferentes indústrias, para escrever sobre os indicados", afirma o Financial Times.

O texto, escrito pela historiadora e antropóloga brasileira Lilia Moritz Schwarcz, destaca que o ministro "tornou-se um símbolo de democracia e justiça no Brasil" em uma "época em que muitos tribunais supremos capitularam ao poder de autocratas, em que as instituições democráticas demonstraram fragilidade diante de líderes populistas e de extrema-direita".

"Juntamente com seus colegas da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, se recusou a apoiar a tentativa de golpe de Estado ocorrida em 8 de janeiro de 2023", acrescenta, em referência ao "julgamento público e transparente" que culminou na prisão do "ex-presidente Jair Bolsonaro e diversos oficiais de alta patente das Forças Armadas".

A historiadora enfatiza ainda que a "disposição de Moraes em confrontar ataques ao sistema eleitoral, desmantelar redes de desinformação e responsabilizar figuras públicas fortaleceu o entendimento coletivo no Brasil de que a Constituição não é mera formalidade".

Schwarcz diz também que "a crescente centralidade de suas decisões, o uso de instrumentos jurídicos excepcionais e o amplo alcance de suas ações judiciais ressaltam uma tensão entre firmeza e excesso".

"Em democracias, o poder deve sempre estar sujeito a contrapesos, mesmo quando exercido em nome da proteção. Manter-se atento aos riscos inerentes ao exercício de poderes tão amplos faz parte da prática democrática que Moraes ajudou a salvaguardar", continuou.

Por fim, a antropóloga ressalta que a "luta pela democracia continua" e, "no Brasil, pelo menos, este ano mostrou como instituições robustas podem resistir ao populismo autoritário que aflige uma era que se autodenomina moderna, mas que carrega em si todas as formas de barbárie".

A lista completa inclui na categoria "Criadores" os seguintes nomes: Cynthia Erivo, atriz britânica-americana e cantora; Jonathan Anderson, designer de moda; Ryan Coogler, diretor e roteirista de cinema dos Estados Unidos; Helen Garner, escritora; Rosalía, cantora espanhola; Stephen Graham, ator; e Bad Bunny, cantor e fenômeno da música mundial.

Já entre as personalidades citadas como "Líderes" estão Jensen Huang, CEO da empresa de tecnologia Nvidia; Susie Wiles, líder política e organizacional; Safra Catz, executiva; Blaise Metreweli, líder institucional e política; Stella Li, executiva; Peter Thiel, investidor e empresário; Zohran Mamdani, político e ativista; Nigel Farage, político britânico; Margarita Simonyan, jornalista e executiva de mídia; David Solomon, líder empresarial; e Michele Kang, empresária e investidora esportiva.

Ansa - Brasil
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