Cazaquistão diz à Ucrânia para parar de atacar terminal do CPC após interrupção de exportações de petróleo
O Cazaquistão disse à Ucrânia neste domingo para parar de atacar o terminal no Mar Negro do Consórcio do Oleoduto do Cáspio (CPC), que movimenta mais de 1% do petróleo global, depois que um grande ataque de drones interrompeu as exportações e danificou seriamente a infraestrutura de carregamento.
O CPC, que inclui acionistas russos, cazaques e norte-americanos, disse que interrompeu as operações depois que uma parte de seu terminal russo no Mar Negro foi significativamente danificado por um ataque de drone naval ucraniano.
Neste ano a Ucrânia realizou uma série após a outra de ataques às refinarias de petróleo e aos terminais de petróleo bruto da Rússia, em uma tentativa de minar uma das mais importantes fontes de renda para a economia russa.
O Ministério das Relações Exteriores do Cazaquistão disse que os ataques com drones foram a terceira série de ataques ao que chamou de "uma instalação exclusivamente civil cuja operação é protegida pelas normas do direito internacional".
O Cazaquistão "expressa seu protesto por mais um ataque deliberado à infraestrutura essencial do Consórcio Internacional do Oleoduto do Cáspio nas águas do Porto de Novorossiysk", disse o ministério.
"Consideramos o ocorrido como uma ação que prejudica as relações bilaterais entre a República do Cazaquistão e a Ucrânia, e esperamos que o lado ucraniano tome medidas eficazes para evitar incidentes semelhantes no futuro."
A Ucrânia disse que suas ações não foram dirigidas contra o Cazaquistão ou terceiros e tiveram como objetivo apenas repelir o que chamou de "agressão russa em grande escala".
"A Ucrânia responde ao agressor", disse o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia.
O CPC é responsável por cerca de 80% das exportações de petróleo do Cazaquistão, membro da Opep+, que exportou cerca de 68,6 milhões de toneladas de petróleo no ano passado.