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Após cessar-fogo, Paquistão diz estar pronto para negociar com Afeganistão

16 out 2025 - 12h32
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O primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, disse nesta quinta-feira que o país está pronto para conversar com o Afeganistão para resolver o conflito, já que um cessar-fogo temporário que interrompeu dias de combates violentos entre os antigos aliados se manteve.

Os vizinhos do sul da Ásia se envolveram em combates terrestres, e o Paquistão lançou ataques aéreos através de sua fronteira, matando dezenas e ferindo centenas de pessoas antes de concordar com uma trégua de 48 horas a partir das 10h de quarta-feira, pelo horário de Brasília.

Sharif disse ao seu gabinete em Islamabad que o Paquistão havia "retaliado" porque perdeu a paciência com o Afeganistão após uma série de ataques militantes.

BOLA ESTÁ COM AFEGÃOS, DIZ PRIMEIRO-MINISTRO

"Se eles quiserem discutir nossas condições válidas e resolver o problema por meio do diálogo, estamos prontos para isso", disse Sharif. "Esta mensagem foi dada a eles ontem. Agora a bola está com eles."

"Se esse cessar-fogo for feito apenas para ganhar tempo, não o aceitaremos", acrescentou.

Não houve resposta imediata de Cabul aos comentários. O porta-voz do Ministério da Defesa afegão, Enayatullah Khowarazmi, disse apenas que o cessar-fogo estava se mantendo até o momento.

O Ministério do Interior do Talibã afegão disse, em uma declaração, que o ministro Khalifa Sirajuddin Haqqani se encontrou com altos funcionários iranianos e disse a eles que o Afeganistão busca boas relações com todos os países, especialmente seus vizinhos.

"Assim como respeitamos a soberania e a dignidade dos outros, esperamos a mesma boa vontade e respeito para conosco", disse Haqqani, segundo o comunicado.

PAQUISTÃO DIZ QUE MATOU MILITANTES

Embora os vizinhos tenham se desentendido no passado, os últimos conflitos são os piores em décadas.

O recente atrito entre os países islâmicos surgiu depois que Islamabad exigiu que Cabul agisse para controlar os militantes que intensificaram os ataques no Paquistão, dizendo que eles operavam a partir de refúgios no Afeganistão.

O Talibã nega isso e acusa os militares paquistaneses de espalhar informações falsas sobre o Afeganistão, provocar tensões na fronteira e abrigar militantes ligados ao ISIS para minar sua estabilidade e soberania.

Islamabad nega as acusações.

Pelo menos 18 civis foram mortos e mais de 360 ficaram feridos no Afeganistão como resultado dos combates desde 10 de outubro, informou a Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (Unama).

O Paquistão disse que matou 34 militantes em três operações separadas esta semana.

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