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Amigos de Netanyahu são presos por suspeita de corrupção em Israel

20 fev 2018 - 11h41
(atualizado às 12h02)
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A polícia de Israel revelou nesta terça-feira que prendeu o sócio majoritário e diretor-executivo da maior empresa de telecomunicações do país, além de duas ex-autoridades do governo israelense ligadas ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, devido a um caso de corrupção.

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante cerimônia em Ashkelon 20/02/2018 REUTERS/Amir Cohen
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante cerimônia em Ashkelon 20/02/2018 REUTERS/Amir Cohen
Foto: Reuters

As prisões na investigação chamada de "Caso 4000" ocorreram poucos dias depois de a polícia recomendar que o próprio Netanyahu seja indiciado por recebimento de propina e fraude em outros casos, conhecidos como "1000" e "2000".

Shaul Elovitch, amigo da família de Netanyahu que comanda a firma de telecomunicações Bezeq por meio de sua empresa de participações Eurocom, foi preso com a esposa, o filho e a CEO da Bezeq, Stella Handler.

Nir Hefetz, ex-porta-voz de Netanyahu, e Shlomo Filber, ex-diretor-geral do Ministério das Comunicações, ambos amigos conhecidos do premiê, também foram presos.

Todas as prisões aconteceram no domingo, mas as identidades dos suspeitos foram preservadas durante dois dias, de acordo com os procedimentos criminais de Israel.

Elovitch, sua esposa e seu filho negam qualquer irregularidade, disse uma porta-voz da Eurocom. Um advogado de Stella Handler disse que ela está cooperando plenamente com a investigação e que nega as alegações. Autoridades da Bezeq não quiseram comentar.

O advogado de Filber tampouco quis comentar, e não foi possível contatar um representante de Hefetz de imediato.

Netanyahu, atualmente em seu quarto mandato, negou qualquer irregularidade nas várias investigações que ameaçam seu longo domínio na política israelense. Ele minimizou toda e qualquer insinuação de ilegalidade em seus negócios com Elovitch ou a Bezeq.

Em uma postagem feita no Facebook na segunda-feira, Netanyahu --que descreveu as investigações como uma "caça às bruxas"-- escreveu: "Nunca houve nenhuma recompensa ou ato ilegal na interação com Elovitch".

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