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América Latina

Venezuela pede ajuda da Opep para parar 'agressão' dos Estados Unidos

A Venezuela pediu neste domingo (30) à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) que a ajude a interromper a "agressão" dos Estados Unidos, que enviaram navios de guerra ao Caribe e mencionam a possibilidade de realizar ataques aéreos em território venezuelano.

30 nov 2025 - 15h36
(atualizado às 15h42)
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O presidente Donald Trump, que afirma combater os cartéis de drogas do México e da América Central, intensifica a pressão sobre o governo venezuelano de Nicolás Maduro, com um grande desdobramento militar no Caribe, incluindo o maior porta-aviões do mundo. Ele acusa Caracas de estar por trás do tráfico de drogas que inunda o mercado norte-americano.

Na montagem, o presidente norte-americano, Donald Trump, à esquerda, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, à direita.
Na montagem, o presidente norte-americano, Donald Trump, à esquerda, e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, à direita.
Foto: AFP - BRENDAN SMIALOWSKI,FEDERICO PARRA / RFI

Caracas nega e insiste que o verdadeiro objetivo de Washington é uma mudança de regime e o controle das reservas petrolíferas do país.

"Espero poder contar com seus melhores esforços para ajudar a deter esta agressão que se prepara com cada vez mais força e que ameaça gravemente os equilíbrios do mercado energético internacional", escreveu Maduro à Opep, segundo uma carta lida pela vice-presidente Delcy Rodríguez, também ministra do Petróleo, durante uma reunião ministerial virtual da organização.

"A Venezuela denuncia formalmente perante esta instância que o governo dos Estados Unidos da América busca se apoderar de suas vastas reservas de petróleo, as maiores do mundo, por meio do uso de força militar letal contra o território, o povo e as instituições do país", escreveu Maduro.

Ele acrescenta que uma ação militar "coloca gravemente em risco a estabilidade da produção petrolífera venezuelana e do mercado mundial".

O presidente Donald Trump advertiu no sábado (29) que o espaço aéreo do país caribenho deve ser considerado "totalmente fechado", poucos dias depois de Washington emitir um alerta aéreo devido ao aumento da atividade militar na região. Seis companhias aéreas suspenderam seus voos para a Venezuela.

No domingo, a agência turística russa Pegas Touristik, que operava voos frequentes para a ilha paradisíaca de Margarita (norte), também suspendeu seus trajetos.

A Venezuela mantém, no entanto, seus voos para a Rússia, da qual Caracas é fiel aliada, por meio da companhia aérea nacional Conviasa.

Os Estados Unidos realizaram ataques contra mais de 20 embarcações suspeitas de tráfico de drogas no mar do Caribe e no Pacífico desde o início de setembro, matando pelo menos 83 pessoas, sem fornecer provas de que os navios eram usados para esse fim.

Nos últimos dias, foi registrada atividade constante de aviões de combate norte-americanos a poucas dezenas de quilômetros das costas venezuelanas, segundo sites de monitoramento de aeronaves.

O New York Times revelou que Trump e Maduro, contudo, discutiram recentemente por telefone uma possível reunião nos Estados Unidos.

Com AFP

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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