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América Latina

Venezuela: Chavismo busca consolidar poderes em eleições municipais marcadas por descrédito

A Venezuela realiza eleições municipais neste domingo (27), com fraca presença da oposição, abalada pelas denúncias de fraudes que levaram ao exílio do candidato opositor nas eleições presidenciais de 2024. A votação para prefeitos no país coincidem, com o aniversário da questionada reeleição do presidente Nicolás Maduro.

27 jul 2025 - 13h41
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A Venezuela realiza eleições municipais neste domingo (27), com fraca presença da oposição, abalada pelas denúncias de fraudes que levaram ao exílio do candidato opositor nas eleições presidenciais de 2024. A votação para prefeitos no país coincidem, com o aniversário da questionada reeleição do presidente Nicolás Maduro.

Eleitora comparece à urna em Caracas, em eleições municipais realizadas em todo o país. (27/07/2025)
Eleitora comparece à urna em Caracas, em eleições municipais realizadas em todo o país. (27/07/2025)
Foto: AP - Ariana Cubillos / RFI

O clima nas ruas é, em geral, de desinteresse. Muitos venezuelanos sequer sabem que há uma votação em curso; outros, alinhados com a oposição, sentem que o resultado está previamente combinado e sua participação é irrelevante.

O processo começou às 6h (7h em Brasília) e se estende pelo menos até as 18h (19h em Brasília). Em Caracas, a maioria das seções de votação estavam praticamente desertos, com poucos eleitores na fila.

"Independentemente da posição política, é necessário votar, é um direito cívico", disse Jean Moisés, de 22 anos, à AFP. Luis Carrero, de 34 anos, explicou que votou "para escolher pela soberania da Venezuela". Ele integra um movimento político que apoia Maduro.

Há dois meses, o partido de governo, PSUV, ganhou 23 dos 24 governos e praticamente a totalidade do Parlamento, o que garante uma maioria confortável para o andamento de uma proposta de Maduro para renovar a Constituição, no ano que vem. O Conselho Nacional Eleitoral não divulgou detalhes dos resultados.

Eleições presidenciais foram fraudadas, alega a oposição

Em 28 de julho de 2024, a líder opositora María Corina Machado denunciou fraudes em massa nas eleições presidenciais. A autoridade eleitoral, acusada de servir ao chavismo, proclamou Maduro como vencedor sem publicar os detalhes da apuração, conforme determina a lei.

Machado divulgou em um site cópias digitalizadas das atas emitidas pelas máquinas de votação, como prova da vitória de seu candidato Edmundo González com mais de 70% dos votos. González está agora no exílio na Espanha e Machado, na clandestinidade.

Agora, o chavismo busca as 335 prefeituras. Atualmente, já controla 212, incluindo a do município Libertador de Caracas, onde se concentram todos os poderes públicos. O regime está de olho nos redutos históricos da oposição, assim como na prefeitura de Maracaibo, capital do estado petrolífero de Zulia (oeste), cujo prefeito opositor terminou na prisão, acusado de corrupção.

A eleição "vai consolidar este projeto de acumulação de forças", disse Maduro em entrevista recente ao canal Telesur. A projeção é de um mapa eleitoral completamente vermelho, a cor que representa o chavismo.

"Mas isso não reflete a realidade do país: esse é o mapa das máfias", rebateu María Corina Machado, em um encontro virtual com correspondentes estrangeiros. "A luta já não é no plano eleitoral, esta é uma luta na clandestinidade", acrescentou.

Com informações da AFP

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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