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América Latina

Presidente do Chile propõe fim de proibição total do aborto

1 fev 2015 - 08h19
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Imagen de Michelle Bachelet durante una ceremonia de bienvenida en el palacio presidencial de Guatemala. 30 de enero, 2015. La presidenta chilena, Michelle Bachelet, anunció el sábado el envío al Congreso de un proyecto de despenalización del aborto terapéutico bajo tres causales, en medio del apoyo de organizaciones de derechos humanos y críticas de sectores conservadores y de la Iglesia Católica.
Imagen de Michelle Bachelet durante una ceremonia de bienvenida en el palacio presidencial de Guatemala. 30 de enero, 2015. La presidenta chilena, Michelle Bachelet, anunció el sábado el envío al Congreso de un proyecto de despenalización del aborto terapéutico bajo tres causales, en medio del apoyo de organizaciones de derechos humanos y críticas de sectores conservadores y de la Iglesia Católica.
Foto: Josue Decavele / Reuters

A presidente chilena Michelle Bachelet anunciou planos de pôr fim à proibição total do aborto no país, de maioria católica. Bachelet apresentou ao Congresso um projeto de lei para descriminalizar o aborto em casos de estupro, em casos de ameaça à vida da mãe ou de inviabilidade do feto. Atualmente, mulheres que fazem aborto podem enfrentar até cinco anos de prisão no Chile.

Em um discurso transmitido pela televisão, a presidente afirmou que a proibição do aborto põe em risco as vidas de milhares de mulheres chilenas todos os anos. "Os fatos mostram que a criminalização absoluta do aborto não impediu a prática. É uma situação difícil e devemos enfrentá-la como um país maduro", afirmou.

O correspondente da BBC no Chile, Gideon Long, diz que o projeto enfrenta a oposição da Igreja Católica chilena, de conservadores no Congresso e até mesmo de parte da coalizão da própria Bachelet, liderada pelo Partido Socialista.

Proibição da era Pinochet

A proposta de Bachelet permitiria que o aborto fosse feito até a 12ª semana de gravidez apenas nos casos específicos em que ele é permitido. Para garotas com até 14 anos, o procedimento seria legal até a 18ª semana. Segundo a presidente, meninas mais jovens podem levar mais tempo para perceber que estão grávidas.

A proibição total do aborto foi instituída em 1989, em um dos últimos atos da ditadura de 17 anos do general Augusto Pinochet. "O Chile tinha uma tradição importante de leis e saúde pública, que foi interrompida arbitrariamente nos últimos dias da ditadura", afirmou Bachelet. "Doze projetos (para descriminalizar o aborto) foram apresentados à Câmara dos Deputados e ao Senado desde 1991."

Pesquisas de opinião indicam que a maioria dos chilenos apoiam a legalização do aborto proposta por Bachelet, mas propostas anteriores foram rejeitadas no Congresso.

A maior parte dos países latino-americanos limitam o acesso aborto. A prática é totalmente proibida em sete deles: El Salvador, República Dominicana, Nicarágua, Honduras, Haiti, Suriname e Chile.

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