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América Latina

Haiti terá 3 dias de luto; terremoto já deixou 1.419 mortos

Ciclone atingiu país e dificulta buscas por sobreviventes

17 ago 2021 - 08h28
(atualizado às 09h19)
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Equipes de resgate trabalham nas ruínas de um hotel que colapsou após terremoto no Haiti
Equipes de resgate trabalham nas ruínas de um hotel que colapsou após terremoto no Haiti
Foto: Ricardo Arduengo / Reuters

O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, decretou três dias de luto nacional pelas vítimas do terremoto que atingiu o país no último sábado, 14. O último balanço oficial aponta para 1.419 vítimas fatais e mais de 6,9 mil feridos.

"Todos estão bem conscientes que estamos vivendo uma nova situação catastrófica que está causando muito sofrimento e, por isso, decidimos que a partir de amanhã [esta terça-feira, 17] serão realizados três dias de luto nacional", disse Henry aos jornalistas na noite de segunda-feira, 16.

O premiê lamentou a perda de "tantas vidas" e ordenou que todos os prédios públicos que ficaram de pé devem colocar a bandeira a meio mastro. Henry ainda pediu "unidade e solidariedade" entre os haitianos, mesmo que as tensões ainda estejam altas por conta do assassinato do presidente Jovenel Moise, em 7 de julho.

Destruição em Les Cayes, no Haiti
Destruição em Les Cayes, no Haiti
Foto: Ralph Tedy Erol / Reuters

Além da devastação causada pelo terremoto de 7,4 graus na escala Richter, o pequeno país ainda sofre com a chegada do ciclone tropical Grace, que atinge justamente a área mais afetada pelo tremor, no sudoeste do território.

Fortes chuvas e ventos de até 75km/h atrapalham as buscas sob os escombros de possíveis sobreviventes e, em muitas áreas, os trabalhos dos socorristas foram suspensos. Estima-se que quase 40 mil casas foram destruídas por conta do sismo do sábado.

O Haiti vem sendo castigado há mais de uma década por fenômenos climáticos extremos. Em 2010, um terremoto de 7 graus na escala Richter devastou toda a nação, deixando mais de 200 mil mortos e 300 mil feridos. Em 2016, um furacão também atingiu o território e deixou centenas de mortos e milhares de desabrigados.

O país nunca conseguiu se reerguer do tremor de 2010 e, para atrapalhar, sofre com constantes brigas políticas e golpes no poder. O mais recente deles, foi o assassinato de Moise, que ainda não foi esclarecido.

Igrejas, hotéis, hospitais e escolas foram seriamente danificados ou destruídos
Igrejas, hotéis, hospitais e escolas foram seriamente danificados ou destruídos
Foto: Ralph Tedy Erol / Reuters
Ansa - Brasil   
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